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Instagramsexta-feira, 29 de abril de 2016
quinta-feira, 28 de abril de 2016
terça-feira, 26 de abril de 2016
Cleveland paga 21,3 milhões de reais de indenização pela morte a tiros de um garoto negro
Washington
A cidade norte-americana de Cleveland pagará seis milhões de dólares (21,3 milhões de reais) para indenizar a família de Tamir Rice, o garoto afro-americano de 12 anos que morreu em 2014 baleado por um policial. A morte de Rice, que brincava com uma pistola de plástico, comoveu um país já imerso no doloroso debate sobre a violência policial nos Estados Unidos.
Com esse acordo, que ainda precisa ser ratificado pela justiça, Cleveland acerta a retirada do processo contra o agente Timothy Loehmann, autor dos disparos que mataram Rice, e contra seu colega de patrulha. A indenização significa também que a família do garoto não poderá processar a cidade e a polícia de Cleveland não será submetida a um julgamento por violação dos direitos civis do garoto em um tribunal federal.
A morte de Rice em 2014 se juntou a de Michael Brown em Ferguson e a de Eric Garner em Nova York. Apesar de não ter recebido os mesmos protestos, causou profunda comoção pela divulgação de um vídeo gravado por uma câmera de vigilância na qual se vê como os dois agentes dispararam contra o menor assim que chegaram ao parque onde ele brincava. Posteriormente se soube que uma ligação ao serviço de emergência já havia alertado antes sobre a presença de uma pessoa armada, mas que a pistola poderia ser falsa.
As autoridades da cidade de Cleveland sustentaram o tempo todo que os agentes não cometeram nenhum erro. Em dezembro, um grande júri decidiu que eles não deveriam ser acusados, assim como o promotor do condado, Tim McGinty, que afirmou que Rice morreu por “um perfeito vendaval de erros humanos”.
A família Rice denunciou em várias ocasiões tanto a extensão do processo legal como a falta de acusações contra os agentes envolvidos na morte do garoto. “Apesar de ser uma sentença histórica em termos financeiros, nenhum valor pode compensar adequadamente a perda de uma vida”, afirmou na segunda-feira a advogada da família, Subodh Chandra. Segundo o acordo, os herdeiros do menino receberão 5,5 milhões de dólares (19,5 milhões de reais), enquanto sua mãe, Samaria, e sua irmã receberão também mais 250.000 dólares (886.900 reais) cada uma.
segunda-feira, 25 de abril de 2016
domingo, 24 de abril de 2016
sábado, 23 de abril de 2016
Sandra Vásquez de la Horra / El canto del desierto
quinta-feira, 21 de abril de 2016
Human Rights Watch alerta sobre execuções extrajudiciais e detenções arbitrárias na Venezuela
Policiais prendem um manifestante em San Cristóbal em março. CARLOS EDUARDO RAMIREZ |
Human Rights Watch alerta sobre execuções extrajudiciais e detenções arbitrárias na Venezuela
Organização denuncia a Operação de Libertação e Proteção do Povo (OLP)
SILVIA AYUSO
Washington 4 ABR 2016 - 20:07 COT
A “Operação de Libertação e Proteção do Povo” (OLP), anunciada há um ano pelo Governo de Nicolás Maduro como uma iniciativa para combater o crime no país, se tornou uma fonte de repetidos “abusos graves” dos direitos humanos entre a população mais marginalizada da Venezuela, que vão de detenções arbitrárias e despejos forçados até possíveis execuções extrajudiciais. É o que afirma a organização Human Rights Watch (HRW) e a venezuelana PROVEA em um relatório, “Poder sem Limites”, apresentado na segunda-feira em Washington e que também será entregue à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
A “Operação de Libertação e Proteção do Povo” (OLP), anunciada há um ano pelo Governo de Nicolás Maduro como uma iniciativa para combater o crime no país, se tornou uma fonte de repetidos “abusos graves” dos direitos humanos entre a população mais marginalizada da Venezuela, que vão de detenções arbitrárias e despejos forçados até possíveis execuções extrajudiciais. É o que afirma a organização Human Rights Watch (HRW) e a venezuelana PROVEA em um relatório, “Poder sem Limites”, apresentado na segunda-feira em Washington e que também será entregue à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
MAIS INFORMAÇÕES
“Em vários ataques pelo país, as próprias forças de segurança teriam cometido abusos violentos, incluindo assassinatos, nada menos do que contra as mesmas comunidades que precisam de proteção”, lamentou o diretor para as Américas da HRW, José Miguel Vivanco.
A OLP representa uma “absoluta institucionalização do abuso do poder”, denunciou, por sua parte, Inti Rodríguez, coordenador de investigação da PROVEA. “Com esta operação, o Governo decidiu combater o crime de uma forma não democrática e assumindo diretamente a violação dos direitos humanos”, afirmou.
De acordo com dados oficiais da Procuradoria venezuelana, no marco da OLP morreram até dezembro 245 pessoas em operações das forças de segurança. A HRW e a PROVEA apontam em seu relatório que há fortes evidências que sugerem que pelo menos 20 desses casos poderiam ser execuções extrajudiciais cometidas durante batidas policiais.
“O alto número de pessoas mortas pelas forças de segurança, em si, gera dúvidas sobre se o uso de força letal pelas forças de segurança era justificado, e em que medida”, diz o relatório.
A isto se acrescenta, disse Vivanco em uma conferência de imprensa, a “desproporcionalidade” das baixas policiais, apenas três contra 245 supostos criminosos mortos em supostos “enfrentamentos” com as forças da lei.
“Isso nos permite concluir que não é possível acreditar na versão oficial de que 245 pessoas morreram em confrontos, dada a disparidade e a falta de investigações e informação por parte do governo da Venezuela”, disse.
Os “abusos” não terminam aí, advertem HRW e PROVEA. No relatório também alertam sobre o elevado número de detenções “indiscriminadas e arbitrárias”, especialmente se comparadas com o total de detenções (14.000 entre julho de 2015 e janeiro 2016) e o número final de pessoas que foram acusadas, menos de cem. A isso deve ser unido o despejo forçado e arbitrário de milhares de pessoas e a demolição “punitiva” de centenas de casas no marco das batidas da OLP, onde também foram denunciadas “surras” e roubo de bens pelos agentes de segurança.
Finalmente, o relatório inclui o caso de deportações arbitrárias no estado de Táchira, que faz fronteira com a Colômbia, desde o início da OLP. De acordo com o estudo, mais de 1.700 colombianos foram deportados desde então, embora pelo menos 400 deles tinham estatuto de refugiado ou estavam pedindo.
Significativo para essas ONGs é o fato de que essas operações tenham sido dirigidas contra as populações marginalizadas. Além de “criminalizar a pobreza”, as batidas da OLP “deixam em evidência até que ponto os venezuelanos de todo o espectro político, incluindo pessoas nas comunidades onde o Governo desfruta de um amplo apoio, estão indefesos contra os abusos governamentais” disse Rafael Uzcátegui, diretor executivo da PROVEA.
Tanto esta organização como a HRW consideram fundamental que os casos sejam realmente investigados e “sejam julgados os funcionários responsáveis por violações dos direitos humanos”. Mas para isso, sublinham, é essencial que “medidas urgentes para restabelecer a independência judicial” sejam adotadas.
“Em vários ataques pelo país, as próprias forças de segurança teriam cometido abusos violentos, incluindo assassinatos, nada menos do que contra as mesmas comunidades que precisam de proteção”, lamentou o diretor para as Américas da HRW, José Miguel Vivanco.
A OLP representa uma “absoluta institucionalização do abuso do poder”, denunciou, por sua parte, Inti Rodríguez, coordenador de investigação da PROVEA. “Com esta operação, o Governo decidiu combater o crime de uma forma não democrática e assumindo diretamente a violação dos direitos humanos”, afirmou.
De acordo com dados oficiais da Procuradoria venezuelana, no marco da OLP morreram até dezembro 245 pessoas em operações das forças de segurança. A HRW e a PROVEA apontam em seu relatório que há fortes evidências que sugerem que pelo menos 20 desses casos poderiam ser execuções extrajudiciais cometidas durante batidas policiais.
“O alto número de pessoas mortas pelas forças de segurança, em si, gera dúvidas sobre se o uso de força letal pelas forças de segurança era justificado, e em que medida”, diz o relatório.
A isto se acrescenta, disse Vivanco em uma conferência de imprensa, a “desproporcionalidade” das baixas policiais, apenas três contra 245 supostos criminosos mortos em supostos “enfrentamentos” com as forças da lei.
“Isso nos permite concluir que não é possível acreditar na versão oficial de que 245 pessoas morreram em confrontos, dada a disparidade e a falta de investigações e informação por parte do governo da Venezuela”, disse.
Os “abusos” não terminam aí, advertem HRW e PROVEA. No relatório também alertam sobre o elevado número de detenções “indiscriminadas e arbitrárias”, especialmente se comparadas com o total de detenções (14.000 entre julho de 2015 e janeiro 2016) e o número final de pessoas que foram acusadas, menos de cem. A isso deve ser unido o despejo forçado e arbitrário de milhares de pessoas e a demolição “punitiva” de centenas de casas no marco das batidas da OLP, onde também foram denunciadas “surras” e roubo de bens pelos agentes de segurança.
Finalmente, o relatório inclui o caso de deportações arbitrárias no estado de Táchira, que faz fronteira com a Colômbia, desde o início da OLP. De acordo com o estudo, mais de 1.700 colombianos foram deportados desde então, embora pelo menos 400 deles tinham estatuto de refugiado ou estavam pedindo.
Significativo para essas ONGs é o fato de que essas operações tenham sido dirigidas contra as populações marginalizadas. Além de “criminalizar a pobreza”, as batidas da OLP “deixam em evidência até que ponto os venezuelanos de todo o espectro político, incluindo pessoas nas comunidades onde o Governo desfruta de um amplo apoio, estão indefesos contra os abusos governamentais” disse Rafael Uzcátegui, diretor executivo da PROVEA.
Tanto esta organização como a HRW consideram fundamental que os casos sejam realmente investigados e “sejam julgados os funcionários responsáveis por violações dos direitos humanos”. Mas para isso, sublinham, é essencial que “medidas urgentes para restabelecer a independência judicial” sejam adotadas.
quarta-feira, 20 de abril de 2016
Lilian Tintori, esposa de Leopoldo López, diz ter sido humilhada em visita à prisão na Venezuela
Lilian Tintori |
Lilian Tintori, esposa de Leopoldo López, diz ter sido humilhada em visita à prisão na Venezuela
Lilian Tintori e a mãe do opositor venezuelano afirmam que foram obrigadas a despir-se
Caracas
Lilian Tintori, a esposa do opositor venezuelano Leopoldo López, apresentou nesta terça-feira uma denúncia à Procuradoria Geral em Caracas por maus tratos durante a visita a seu marido no presídio de Ramo Verde, onde López – dirigente do partido Vontade Popular – está preso há quase dois anos. Tintori afirma que ela e sua sogra, Antonieta Mendoza, sofreram assédio do coronel da Guarda Nacional José Viloria e que os agentes carcerários obrigaram as duas mulheres a se despirem para serem revistadas antes da visita.
De acordo com o testemunho gravado por Tintori e divulgado nas redes sociais, quando tentava ver seu marido, no domingo, acompanhada da sogra e dos dois filhos, foi constrangida por Viloria, que usou palavras fortes contra elas e insinuou maliciosamente que Tintori descuidava da relação com seu marido. Além disso, ordenou que fosse revistada em uma sala diferente da que é usada regularmente para a inspeção dos visitantes. Mais que minuciosa, diz Tintori, a revisão foi humilhante: foi ordenada a despir-se por completo e separar as pernas. A esposa do opositor afirma que os carcereiros confiscaram o absorvente que usava para inspecioná-lo.
Tintori soube depois que sua sogra teve de passar por um processo idêntico, com o agravante de que foi feito na presença de seus netos, de seis e dois anos.
A esposa do opositor afirmou que os maus tratos têm o objetivo de dividir a família de Leopoldo López e abalá-la moralmente.
Em sua conta do Twitter, o ex-chanceler uruguaio e atual secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, disse que esse “atentado à dignidade humana” revela “falta de ética política”.
O secretário executivo da Mesa de Unidade Democrática (MUD), Jesus Torrealba, de oposição, também protestou contra o incidente: “O que fizeram com Lilian Tintori e sua família é uma situação absolutamente infame”, disse pelo Twitter. “Além do dano físico que estão provocando no país, está o dano moral que este regime está causando à Venezuela”.
terça-feira, 19 de abril de 2016
Lilian Tintori, esposa de Leopoldo López: “Querem me matar”
Lilian Tintori |
Lilian Tintori, esposa de Leopoldo López: “Querem me matar”
Mulher do oposicionista venezuelano viveu de perto a morte de dirigente de sua coalizão
Caracas / Madri 26 NOV 2015 - 15:53 COT
Lilian Tintori, esposa do oposicionista venezuelano Leopoldo López, condenado a quase 14 anos de prisão, denunciou nesta quinta-feira uma tentativa de matá-la, já que se encontrava ao lado do dirigente local Luis Manuel Díaz, que morreu ao ser alvo de um disparo na quarta-feira, no encerramento de um ato de campanha na cidade de Altagracia de Orituco.
“Querem me matar", afirmou Tintori em uma coletiva de imprensa, na qual responsabilizou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pelo “atentado” do qual, disse, foi vítima na quarta-feira no Estado de Guarico (centro do país).
O Ministério Público venezuelano anunciou a abertura de uma investigação para conhecer todos os fatos desse assassinato. Dois procuradores se encarregarão de dirigir o caso e coordenar a Polícia Científica. O Ministério Público já inspecionou o lugar, analisou a trajetória das balas e entrevistou testemunhas.
Luis Manuel Díaz, líder local do partido Ação Democrática (AD), era sindicalista, casado e com dois filhos, e estava havia quase dois anos militando no partido. O assassinato ocorreu às 19h30, quando estava a ponto de finalizar um ato de campanha, do qual Lilian Tintori participava.
Depois de uma breve passagem por Valle de la Pascua, onde denunciou também que tinha sido hostilizada por governistas, Tintori voltou a Altagracia em um pequeno avião, acompanhada pelos candidatos Rummi Olivo e Carlos Prosperi. Ao aterrissar, a aeronave de seu chefe de imprensa apresentou falhas e, segundo Abraham Fernández, dirigente local do partido Primeiro Justiça, os ocupantes estavam muito abalados porque isso poderia ter resultado em um trágico acidente.
Condenações
Os Estados Unidos condenaram nesta quinta-feira o assassinato de Luis Manuel Díaz e instou o Governo de Maduro a garantir a segurança de todos os candidatos nas eleições venezuelanas de 6 de dezembro. O assassinato de Díaz é “o mais mortífero de uma série de ataques e atos de intimidação recentes contra candidatos da oposição”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, em um comunicado. “As campanhas de medo, violência e intimidação não têm lugar em uma democracia”, agregou e instou, em nome de Washington, o Governo de Caracas a “proteger todos os candidatos políticos”.
Além disso, os Estados Unidos pediram ao Conselho Nacional Eleitoral que “garanta que esta campanha seja realizada de forma que se garanta a completa participação dos venezuelanos”.
A condenação de Washington se soma à realizada de pronto pelo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, que também reclamou o fim da violência ante as eleições legislativas.
“O assassinato de um dirigente político é uma ferida de morte à democracia”, advertiu Almagro. “E uma sucessão de fatos de violência política em um processo eleitoral é a morte de muitas democracias”, agregou em um comunicado, no qual lembrou que a morte de Díaz “não é um episódio isolado”
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