sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Dik Browne / Hagar o Horrível

 

Dick Browne

Dik Browne

Nascido Richard Arthur Allan Browne em 11 de agosto de 1917 na cidade de Nova York, criou-se no bairro do Bronx. Aos 16 anos já era revisor no American Journal, onde conheceu o mundo dos artistas. Tentou a carreira de repórter, mas não deu certo. Foi quando descobriu seu talento para o desenho. Veio a guerra e Dik serviu na divisão de cartógrafos, na Alemanha. Depois do conflito, foi trabalhar na Newsweek ilustrando reportagens. Em 1954, surgiu a série Hi & Lois, que lhe rendeu o Reuben Award da National Cartoonists Society como o melhor quadrinhista de 1962. Hagar só nasceria em 5 de fevereiro de 1973, série que lhe rendeu outro Reuben Award nesse mesmo ano, tornando-se o único quadrinhista a ser homenageado por dois trabalhos diferentes. Morreu em 4 de junho de 1989, em Sarasota, mas o personagem Hagar continua vivo até hoje pela mãos do filho de Dik, Chris.

Fonte: CCQHumor




O viking mais famoso de todos os tempos vem aí! Seguindo as mais nobres tradições nórdicas, Hagar, o horrível, precisa se defender dos inimigos e, sobretudo, cuidar da família. Mas apesar de atravessar mares, enfrentar tempestades e vencer batalhas, o que importa mesmo para esse grande guerreiro é... o jantar!

Quebrando todos os recordes, Hagar apareceu em centenas de jornais logo na estreia, em 4 de fevereiro de 1973 – mais que qualquer outro quadrinho antes disso. Esta primeira parte da saga reúne todas as tiras diárias publicadas entre 5 de fevereiro de 1973 e 8 de junho de 1974, período que ajudou a tornar Hagar um dos mais populares personagens de todos os tempos. Pegue o seu capacete e sua espada: vamos partir para uma época em que os vikings eram barbudos, gorduchos e preguiçosos

Nosso pai, Dik Browne, era o próprio Hagar, o horrível. Grande e forte, gordo e barbudo, durão e afetuoso, divertido e esperto, e humano o tempo todo. Ele adorava história e amava sua família, então criou Hagar, uma combinação das duas coisas. Ele espelhou a família de Hagar na nossa. Hagar era uma espécie de Tony Soprano do século XI – ele faria qualquer coisa para sustentar e proteger sua família.” Trecho da introdução de Chris & Chance Browne

Um grande historiador certa vez afirmou que a história é como um rio sangrento e flamejante que atravessa os séculos. Mas em suas margens as pessoas se ocupam apenas com as coisas de sempre – criar os filhos, pagar as contas, fazer amor, jogar dados, enfim... É mais ou menos assim que me sinto em relação a Hagar, o horrível. Ele é um guerreiro viking, e sem dúvida nenhuma um bárbaro, mas também é um homem de família, um marido carinhoso e um pai dedicado.” - Dik Browne


LPM EDITORES





terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Morreu Wolf Erlbruch, ilustrador de livros infantis

Wolf Erlbruch


Morreu Wolf Erlbruch, ilustrador de livros infantis


O ilustrador e escritor alemão de livros infantis Wolf Erlbruch, vencedor do Prémio Memorial Astrid Lindgren, morreu no domingo, em Wuppertal, aos 74 anos, anunciou hoje a sua editora.

12 de decembre de 2022

"Lamentamos a perda do nosso autor, ilustrador e companheiro de longa data Wolf Erlbruch", indica a Peter Hammer Verlag, em comunicado de imprensa, acrescentando que o autor "foi um dos artistas de livros ilustrados de maior renome internacional".

A ilustração da história "A toupeira que queria saber quem lhe fizera aquilo na cabeça", de Werner Holzwarth, tornou-se o ponto de partida da sua carreira como ilustrador de livros, em 1989.

Com 17 livros ilustrados, 20 edições de calendários para quartos de crianças e inúmeras capas, "moldou o rosto da editora durante décadas e estabeleceu padrões artísticos", acrescenta a Peter Hammer Verlag. Outra editora dos seus livros, Carl Hanser Verlag, declarou que se perdeu "um artista com uma linguagem visual inconfundível".

Para esta casa editorial fundada em 1928, Wolf Erlbruch foi "um desenhador excecional, mas sobretudo um 'designer' e ilustrador inovador", que se afirmou como um definidor de estilo para cada nova geração até aos dias de hoje, através do seu manuseamento invulgar de tecnologia e material visual".

Nascido em junho de 1948, em Wuppertal, onde viveu sempre, estudou design gráfico, tendo depois trabalhado como freelancer na indústria da publicidade.

Publicou ilustrações em revistas internacionais, incluindo Esquire, GQ Magazine New York, Stern, Transatlantic e Twen.

Ao todo, é autor de cerca de 30 livros, pelos quais recebeu vários prémios, incluindo o Prémio Alemão de Literatura Juvenil (por diversas vezes e também pela obra de vida), o prémio internacional mais importante na área da literatura infantojuvenil, o Prémio Hans Christian Andersen, em 2006, e o Prémio Memorial Astrid Lindgren, em 2017.

Foi várias vezes distinguido com o prémio de ilustração do Art Director Club (ADC), em Nova Iorque.

Wolf Erlbruch exerceu como professor de ilustração na Universidade de Ciências Aplicadas de Dusseldorf, de 1990 a 1997, como professor no Departamento de Arte de Design Arquitetónico na Bergische Universität Wuppertal de 1997 a 2009, e como professor de ilustração na Folkwang University of the Arts em Essen de 2009 a 2011.

Além do livro "A toupeira que queria saber quem lhe fizera aquilo na cabeça", estão publicados em Portugal "O mistério do urso" e "A grande questão", escritos e ilustrados por Wolf Erlbruch.

Prémio da Feira de Bolonha para melhor livro na categoria de ficção, "A grande questão", destinado a crianças entre os 3 e os 6 anos, procura responder à mais defícil de todas as perguntas, colocadas por uma criança: “Porque estou aqui na Terra?”

Plano a plano, ao longo do livro, o autor dá respostas através de diferentes personagens, do irmão mais velho ("Para celebrares o teu aniversário"), aos pais ("Porque a tua mãe e eu nos amamos (...) estás aqui para te amar") e à avó ("Para eu te poder mimar"), sem esquecer outras personagens como um pato ("Não faço ideia"), um gato ("Vieste ao mundo para ronronar. Também um pouco pelos ratos") ou um pássaro ("Para cantares a tua canção"). No final do livro, são deixadas folhas em branco, para que a criança possa, por ela mesma, ao longo do tempo, dar novas respostas à "grande questão".

Quando escreveu "Duck, Death And The Tulip", o autor tinha por objetivo ajudar os mais novos a lidar com a ideia da morte: "Porque me segues tão de perto, sem fazer ruído?", pergunta o pato. "Alegro-me por finalmente me teres visto. Sou a morte", responde esta.

"Tenho estado a teu lado, desde o dia em que nasceste".

Em "A grande questão", a própria morte dá também outro motivo para se estar vivo:

"Amar a vida".


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