Marina Colasanti
DOIS POEMAS
No escuro manchado de luz
Em noites de lua cheia
é tão intensa a vida
no jardim
que durmo aflita
como quando adormeço
no cinema
e a história leva adiante
amor e lutas
além das minhas pálpebras
fechadas.
é tão intensa a vida
no jardim
que durmo aflita
como quando adormeço
no cinema
e a história leva adiante
amor e lutas
além das minhas pálpebras
fechadas.
Marina Colasanti |
Antes de virar gigante
No tempo d'eu menina
os corredores eram longos
as mesas altas
as camas enormes.
A colher não cabia
na minha boca
e a tigela de sopa
era sempre mais funda
do que a fome.
No tempo d'eu menina
só gigantes moravam
lá em casa.
Menos meu irmão e eu
que éramos gente grande
vinda de Lilliput.
os corredores eram longos
as mesas altas
as camas enormes.
A colher não cabia
na minha boca
e a tigela de sopa
era sempre mais funda
do que a fome.
No tempo d'eu menina
só gigantes moravam
lá em casa.
Menos meu irmão e eu
que éramos gente grande
vinda de Lilliput.
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