SPECTRE
Sete coisas que você deve saber
antes de ver o novo filme ‘007’
Na estreia de ‘007 Contra Spectre’, várias coisas que você não sabe sobre a nova aventura
PABLO GUIMÓN Londres 9 NOV 2015 - 11:36 BRST
1. A BILHETERIA
007 Contra Spectre estreou com força no Reino Unido em 26 de outubro. Na sua primeira semana em cartaz em Londres, bateu o recorde britânico de bilheteria, arrecadando o equivalente a 230 milhões de reais. Ao todo, o filme já faturou quase 302 milhões de reais antes mesmo da sua estreia nos Estados Unidos, nesta sexta-feira. Tradicionalmente, os principais mercados dos filmes do agente James Bond, além dos Estados Unidos, são Reino Unido, Alemanha e França. Em seguida aparecem a Austrália, o Japão e, cada vez com mais força, a China. Em outros grandes mercados, como Rússia, Brasil e México, o sucesso dessa série tradicionalmente é menor que o de outros blockbusters, como os da Marvel. A escolha do México como locação das sequências iniciais pode ser uma tentativa de compensar isso.
2. O COMEÇO
Os primeiros minutos de 007 Contra Spectre, rodados na Cidade do México, entram imediatamente no olímpo das melhores cenas de ação do cinema. Foram dez dias de rodagem para recriar um desfile do Dia dos Mortos que termina na importante praça do Zócalo, no centro da metrópole, onde acontece uma incrível luta entre helicópteros. Algumas das sequências com esses aparelhos foram feitas num pinheiral, mas outras tiveram lugar realmente na famosa praça. “Para mim foi muito emocionante”, disse Daniel Craig ao EL PAÍS. “Já fiz muitas sequências desse tipo e sei quando a equipe está emocionada. É gente que já fez de tudo e não se impressiona facilmente. Rodamos com mais de 2.000 figurantes, que fizeram um grande trabalho. E as autoridades do México nos deixaram rodar a apenas 15 pés [menos de cinco metros] do chão”.
3. OS CARROS
Os filmes de Bond não poupam gastos, e 007 Contra Spectre, com um orçamento de 304 milhões de dólares (1,16 bilhão de reais) foi o mais caro da série até hoje. Só os carros consumiram 36 milhões de dólares, segundo relato de produtores ao Daily Mail. A fatura inclui a destruição de sete modelos esportivos Aston Martin D810, desenhados especialmente para Bond. A gravação de uma perseguição de carros no Vaticano, a 180 quilômetros por hora, durou uma noite inteira, para uma sequência de apenas quatro segundos.
4. OS LUGARES
Desde a estreia de 007 Contra o Satânico Dr. No, em 1962, James Bond fez, ao longo de 24 filmes, 146 visitas a 49 países. O Bond que mais viajou foi Roger Moore (em sete filmes, viajou para 44 lugares, não incluindo o espaço, que visitou em 007 Contra o Foguete da Morte), seguido por Sean Connery (32 locais, também em sete filmes). A cidade mais visitada, obviamente, é Londres. A seguir, Hong Kong, Istambul e Veneza, com três visitas cada. E Bond ainda não foi para o Canadá, Austrália, nem para os países escandinavos. Em 007 Contra Spectre, Daniel Craig filma, além do México, em Londres, Roma, Marrocos e Áustria.
5. A CASA
Pela primeira vez em um filme da saga, é possível conhecer o apartamento de James Bond. O espião chega acompanhado de uma mulher... e só sabemos até aí. O apartamento, elegante, mas sem frescura, é característico de "alguém que não fica muito em casa", explicou o próprio Craig ao EL PAÍS. "É um pouco triste. Não há quadros, não a transformou em seu lar, e isso diz algo sobre o personagem. Bond não tem raízes." Se o espectador prestar bem atenção, irá notar em uma das cenas várias garrafas de vinho e licor muito caras... e vazias. Curiosamente, no edifício onde o apartamento foi filmado, também morava Ian Fleming (1908-1964), criador do personagem James Bond.
6. OS SUCESSORES
Em entrevista à revista Time Out antes da estreia, Craig disse que"cortaria os pulsos" antes de estrelar um novo filme de James Bond. Semanas depois, o ator tentou amenizar a resposta em entrevista ao EL PAÍS: "Não sei, honestamente. Não sei se voltarei a fazer. No momento da entrevista, me sentia daquela maneira, e foi o que disse. Havia terminado as filmagens há dois dias, por isso quando perguntam se você quer fazer outro filme de Bond, [a tendência] é dizer que não. Mas pode ser que eu mude de ideia". Apesar dos panos quentes, a imprensa e casas de apostas britânicas já deram largada à corrida para saber quem será o sétimo ator a interpretar o espião com licença para matar. Os favoritos são: Idris Elba, conhecido por seu papel em The Wire, que se tornaria o primeiro ator negro a interpretar James Bond; Tom Hardy, que demonstrou suas habilidades ao volante no último Mad Max; Henry Cavill, que já foi cogitado para interpretar Bond em 2005, antes de se tornar oSuperman. Também constam na lista Tod Hiddleston (Thor), Jason Statham (Snatch: Porcos e Diamantes, Velozes e Furiosos 7) e Michael Fassbender.
7. AS MARCAS
Tão aguardado quanto o artista que grava a música de Bond em cada novo filme — em Spectre, a honra cabe a Sam Smith, o primeiro solista masculino a interpretar a canção principal desde 1965 — costumam ser os nomes das marcas que fizeram de tudo para entrar na lista exclusiva de produtos 007. Os filmes de James Bond são como o olímpo do que em marketing é conhecido como product placement. O assunto permanece em relativo segredo, especialmente depois de um e-mail vazado pelo Wikileaks ter se tornado viral em abril, no qual Craig e Mendes resistiam à oferta milionária para utilizar um celular Sony Xperia, porque "Bond usa apenas o melhor". O pulso de Craig repete a marca Omega. "E o que esse relógio faz?", pergunta Bond quando recebe o relógio de Q. "Mostra as horas", responde Q. Tom Ford, responsável pelos ternos de Bond desde 007 Quantum of Solace (2008), criou cinco ternos para Spectre, incluindo um smoking cor de marfim no valor de 3.574 dólares (13.600 reais). E, embora não seja dito no filme, parece que os martinis de Bond são feitos com vodca Belvedere: a marca polonesa anunciou sua colaboração em uma festa privada em Londres, há um ano, onde foram apresentadas as edições especiais 007. Nelas, o icônico palácio Belvedere que enfeita as garrafas é substituído pelo edifício MI6.
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