Micheal Sowa III
Moisés Mendes
Dalton Trevisan
Tanto tentei imitar Dalton Trevisan, aí pelos vinte e poucos anos, que depois seu estilo se misturava a tudo que eu escrevia, já sem a intenção de imitá-lo.
Mas a grande sacada foi de um jornalista do Paraná que escreveu um perfil do vampiro na revista Status, nos anos 70, como se o texto fosse do Trevisan, com a mesma batida. Não lembro o nome do cara.
Eu imaginava encontrar Trevisan num dia de garoa fininha, ao acaso, comprando pão sovado numa padaria de Curitiba.
Ele iria sair e esquecer o guarda-chuva encostado no balcão. Não, eu não iria chamá-lo para ter a chance de vê-lo de perto e ouvir um obrigado.
Eu não iria dizer nada, não iria alertá-lo, e ficaria com o guarda-chuva. Mas nunca comprei pão em padaria de Curitiba.
O vampiro se foi hoje aos 99 anos.
Dalton Trevisan
Dalton Trevisan
Oliver Reed
Em 1999, Oliver Reed estava filmando as cenais finais de Gladiador (Gladiator, 2000) de Riddley Scott, em Malta. Num dos intervalos, dirigiu-se a um pub onde bebeu oito cervejas lager, 12 doses duplas de run, 14 doses de whisky e disputou partidas de braço de ferro com cinco jovens marinheiros ingleses que bebiam no mesmo bar. De repente numa das disputas, um enfarte fulminante acabou com a sua vida, mas transformou-o em uma lenda (esse bar ainda guarda sua última conta emoldurada, sem pagar).
As cenas finais do filme foram feitas sem ele devido à sua morte (em algumas cenas foi preciso recriá-lo através de CGI, o que aumentou o orçamento do filme. O estúdio Universal, responsável pela produção, desembolsou nada menos do que 3,2 milhões de dólares).
Gladiador foi dedicado à memória dele e o bar ficou conhecido como Ollie's Last Pub...Oliver Reed tinha 61 anos.
Nascida em Osaka, no Japão, Mieko Kawakami fez sua estreia literária como poetisa e publicou sua primeira novela, My Ego, My Teeth, and the World, em 2007. Seus livros, traduzidos para mais de 30 idiomas, são conhecidos por suas qualidades poéticas e reflexões sobre o corpo feminino, a ética e a sociedade moderna. Os prêmios literários de Kawakami incluem o Akutagawa, o Tanizaki e o Murasaki Shikibu. Heaven, traduzido por Sam Bett e David Boyd, foi finalista do International Booker Prize de 2022. Seu romance mais recente traduzido para o inglês é All the Lovers in the Night e foi indicado para o National Book Critics Circle Awards em 2023. Ela mora em Tóquio.
Por O GLOBO — Rio de Janeiro
A cantora brintânica Lily Allen, surpreendeu seus fãs ao anunciar que abriu uma conta na plataforma erótica OnlyFans. Segundo a artista, a ideia é vender fotos exclusivas de seus pés por cerca de £ 8, aproximadamente R$ 57 por mês.
Allen afirma que a ideia surgiu após ela descobrir que os seus pés eram “bem avaliados” no WikiFeet, uma plataforma que reúne fotos de pés de diversas celebridades internacionais. Assim, ela resolveu abrir uma conta e já compartilhou seis fotos de forma bem humorada. A artista também revelou que foi incentivada por sua pedicure, que a aconselhou a investir nesse mercado.
"Tenho uma senhora que vem fazer as minhas unhas e me informou que tenho cinco estrelas no WikiFeet, o que é bastante raro", disse Lily no seu podcast "Miss Me?".
Na semana passada, a britânica já havia brincado com a ideia, ao falar que ouviu dizer que poderia "ganhar muito dinheiro vendendo conteúdo para pés".
Dona de alguns dos maiores hits dos anos 2000, como "Fuck You" e "Smile", Lily Allen está afastada dos palcos e focada nos podcasts, e agora tem seu próprio programa, "Miss me?" ("Sente minha falta?", em português), da BBC.
Os fãs continuam na expectativa de vê-la voltando a cantar, mas em março deste ano, durante uma entrevista ao podcast Radio times, ela fez um desabafo: "Quando se trata de carreira, nunca tenho uma estratégia de fato, mas, sim, minhas filhas arruinaram minha carreira. Eu as amo e elas me completam, mas em termos de estrelato pop, arruinaram tudo". A cantora tem duas filhas, de 10 e 12 anos.
Cientistas poloneses recriaram o rosto de uma jovem chamada “Zosia”, enterrada há cerca de 400 anos na Polônia com um cadeado no pé e uma foice de ferro sobre o pescoço. Este tipo de sepultamento reflete antigas crenças sobre vampiros, sugerindo que o povo local temia que ela retornasse do mundo dos mortos. A reconstrução do rosto foi feita usando DNA, impressão 3D e argila modeladora, revelando a aparência real da jovem que supostamente seria uma “vampira”.
O esqueleto de Zosia foi descoberto em 2022 por arqueólogos da Universidade Nicolau Copérnico de Torun, na Polônia. Eles estimam que ela tinha entre 18 e 20 anos ao morrer e que possivelmente sofria de uma condição que causava desmaios e dores de cabeça graves. Esses sintomas, no passado, eram associados a transtornos que poderiam levar à suspeita de atividades sobrenaturais. Segundo a equipe de pesquisa, o uso de objetos como cadeados e foices no enterro visava impedir que “vampiros” retornassem para assombrar os vivos.
Oscar Nilsson, arqueólogo sueco responsável pela reconstrução facial, usou uma réplica em 3D do crânio de Zosia e aplicou camadas de argila plástica para modelar suas características faciais. Nilsson destacou que a recriação foi feita para trazer Zosia de volta “como uma humana” e não como o “monstro” que a lenda sugere. “É emocionante ver o rosto de alguém retornando, especialmente conhecendo sua história”, afirmou o arqueólogo.
Jovem polonesa foi enterrada com um cadeado no pé – |
O ESSENCIAL
Paul Auster during a promotional photo session in Venice, Italy on September 2, 1996.
Paul Auster |
Paul Auster in Paris.ERIC ROBER |
João Gabriel
VIVIAN MAIER
Vivian Maier foi uma artista secreta que passou a maior parte de sua vida trabalhando como babá e cuidadora nos subúrbios de Chicago, nos Estados Unidos. Ela nunca mostrou suas fotos para ninguém, nem mesmo para seus amigos e familiares. Ela guardava suas câmeras, filmes, negativos e impressões em caixas e malas que ficavam empilhadas em seu quarto alugado. Ela tirou mais de 150 mil fotografias durante sua vida, principalmente das pessoas e arquitetura de Chicago, Nova York e Los Angeles, embora também tenha viajado e fotografado pelo mundo.
Vivian Maier nasceu em Nova York, em 1926, filha de pais franceses. Ela passou parte de sua infância na França, onde aprendeu a falar francês e a se interessar por arte e cultura. Ela voltou para os Estados Unidos em 1951, e começou a trabalhar como babá. Ela sempre carregava uma câmera consigo, e aproveitava seus momentos de folga para explorar as ruas e capturar cenas cotidianas, com um olhar sensível e perspicaz.
Ela usava principalmente câmeras Rolleiflex de médio formato, que permitiam uma alta qualidade de imagem e um ângulo de visão diferente, já que ela tinha que olhar para baixo para enquadrar as fotos.
As fotografias de Vivian Maier revelam uma grande habilidade técnica e artística, além de um profundo interesse pela humanidade. Ela fotografava desde crianças brincando até mendigos dormindo, desde vitrines elegantes até lixeiras transbordando, desde arranha-céus imponentes até becos sombrios. Ela tinha um senso de composição, luz e sombra, contraste e cor, que faziam suas imagens se destacarem. Ela também gostava de fazer autorretratos, usando espelhos, janelas, sombras e reflexos, mostrando sua presença discreta e misteriosa.
As fotografias de Vivian Maier permaneceram desconhecidas e não publicadas até 2007, quando um colecionador de Chicago, John Maloof, comprou algumas de suas caixas em um leilão, sem saber o que havia dentro. Ele ficou impressionado com a qualidade e a quantidade das fotos, e começou a pesquisar sobre a autora. Ele descobriu que Vivian Maier havia morrido em 2009, aos 83 anos, após sofrer um acidente e ficar sob os cuidados de uma família para quem ela havia trabalhado. Ele também encontrou outros dois colecionadores de Chicago, Ron Slattery e Randy Prow, que haviam adquirido parte do acervo de Vivian Maier na mesma época. Juntos, eles decidiram divulgar o trabalho de Vivian Maier na internet, e o resultado foi uma sensação mundial.
Admirável
aquele que frente ao relâmpago
não diz: a vida foge... (Bashô)
*
Não dizem palavra
o anfitrião, o hóspede
e o crisântemo. (Ryota)
*
Ah, se me viro
esse passante já
não é senão bruma. (Shiki)
*
Trégua de vidro:
o som da cigarra
perfura rochas. (Bashô)
*
Lua da montanha:
brilhas igualmente
para o ladrão de flores. (Issa)
*
Sobe
Do barraco do mendigo
Uma linda pipa. (Issa)
*
A criança às costas
Bulindo com meus cabelos –
Ah, quanto calor! (Shiba Sonome)
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Chovisco: tagarelam
a capa de palha
e a sombrinha. (Buson)
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Missão: comprar sakê para a aula sobre haikais na oficina de poesia. Se rolar clima, a gente faz até uma renga.