Boracay, Bulabog Beach, kitesurfing. Fotografia Tatiana Sato |
Boracay
Encanto de fogo e luz
Quando o sol se põe de forma majestosa, você sabe que está em Boracay.
Boracay é, atualmente, a ilha mais conhecida nas Filipinas. Ela sempre foi destino de férias para muitos asiáticos, mas desde que foi eleita a segunda praia mais bonita do mundo pelo Trip Advisor em 2011, ela passou a ser destino para muitos turistas que vêm de países ocidentais também.
Boracay, White Beach Station 1. Fotografia Tatiana Sato |
A praia mais conhecida e movimentada é a White Beach e é onde estão localizadas a maioria dos hotéis, bares e restaurantes e está a oeste da ilha. De lá, se pode presenciar o incrível pôr-do-sol que é sempre um espetáculo de tirar o fôlego. Oposto a White Beach, está Bulabog, uma praia com mais vento e ondas onde é comum a prática de windsurfing e kiteboarding.
É interessante perceber a mudança que aconteceu ao longo dos anos. Desde que cheguei às Filipinas, vou a Boracay pelo menos uma vez por ano. Não que as Filipinas não tenham outra coisa a oferecer (bem o contrário disso), mas as facilidades que se encontram em Boracay associadas à praia e ao pôr-do-sol incríveis fazem desse destino um lugar que associa beleza natural, conforto e uma vida noturna bastante ativa.
Boracay, White Beach Station 2. Fotografia Tatiana Sato |
Há quatro verões, a presença de ocidentais se resumia a europeus do leste, como russos, que, por algum motivo, escolhiam essa praia como seu destino de verão. A maioria dos freqüentadores, no entanto, era oriental e como estes preferem ter a pele branca e não gostam de se bronzear, os 4 km da White Beach ficavam praticamente vazios durante o dia. À medida que a hora do pôr do sol chegava, o movimento na praia e no passeio marítimo aumentava e se percebia quantidade de pessoas que estavam lá. Hoje, a praia já está cheia durante as manhãs, embora à noite o movimento aumente bastante.
Durante o dia, ao longo da White Beach, são oferecidas diversas atividades, de windsurf, banana boat e kiteboarding até passeios em barcos pelas ilhas ao redor de Boracay. Este último se chama island hopping, uma atividade bastante comum nas praias das Filipinas. O island hopping de Boracay oferece um passeio até Canyon Cove, uma ilha privada, e alguns pontos para se praticar o snorkel, cuja água transparente permite uma ótima visibilidade. É recomendável sempre pechinchar: nas Filipinas, assim como em muitos países do Sudeste Asiático, pechinchar é uma prática comum e esperada. Então, não fiquem com receio de pedir um preço muito abaixo daquele que está sendo oferecido: ninguém, em sã consciência, irá fazer um negócio se este for dar prejuízo.
Boracay, barco. Fotografia Tatiana Sato |
A White Beach é dividida em três sessões, chamadas por Station 1, Station 2 e Station 3. Cada uma delas tem suas características: a Station 1, localizada mais ao norte da ilha, tem a maior concentração de resorts e hotéis de luxo; a Station 2 é a região central e a mais movimentada, onde estão concentrados os hotéis de preço médio, o centro comercial D-Mall e a maioria dos bares e restaurantes; e a Station 3, que está mais ao sul da ilha e é a região onde se pode encontrar acomodação com melhor preço. Desta última também saem os barcos que fazem o island hopping.
À noite, a praia muda de cara: muitos restaurantes montam suas mesas na praia e vários oferecem frutos do mar frescos, preparados da maneira que o consumidor preferir, entre eles camarões enormes e lagostas frescas (dica: a lagosta é realmente fresca quando a carne da sua barriga é branca; se ela estiver escurecendo, a lagosta não é tão fresca assim). A última vez que estivemos, éramos um grupo de quatro pessoas e escolhemos um restaurante à beira da praia. Pedimos dois peixes (o meu favorito é o lapu-lapu, um peixe rosado cujo nome foi dado em homenagem a um herói filipino), oito camarões, arroz e berinjela na brasa, servida com cebola e molho à base de shoyu (molho de soja) e pimenta. Essa refeição, com as bebidas, nos custou aproximadamente PHP 4,000.00, ou seja, menos que EUR 80.00.
Boracay, White Beach Station 2. Fotografia Tatiana Sato |
Para aqueles que gostam de sair para conhecer pessoas, existe o Pub Crawl Boracay. Esta atividade oferece entrada em cinco bares ou discotecas e permite que o participante conheça pessoas de outras nacionalidades. É altamente recomendado para aqueles que viajam sozinhos ou grupos de amigos que querem conhecer pessoas novas.
A forma mais fácil de chegar à Boracay sem recorrer a um agente de turismo é através do aeroporto de Caticlan. De lá, se pega um tricycle que o leva ao porto em cinco minutos. No porto, se tem que comprar três bilhetes: o environmental fee (que custa por volta de PHP 100.00), o port fee (PHP 40.00) e a tarifa do barco que o levará à ilha em uma pequena viagem que demorará 15 minutos.
Ao se chegar ao porto de Boracay, para se chegar ao hotel escolhido, se tem que pegar outro tricycle. Em geral, o preço é de PHP 100.00. Ao se fazer a reserva do hotel, recomendo que peçam pontos de referência, além das estações, para que o tricycle possa deixá-lo no lugar correto.
Boracay, White Beach Station 1. Fotografia Tatiana Sato |
Outra forma de se ir a Boracay é através do aeroporto de Kalibo. Embora os voos para esse aeroporto sejam mais baratos, ele está à uma hora e meia do porto de Caticlan e a viagem pode ser bastante cansativa porque a estrada não é muito regular. Como esta é uma opção para se chegar a Boracay, muitas empresas oferecem transporte até o porto e o preço varia, segundo o meio de transporte escolhido (que podem ser vans ou ônibus).
De qualquer forma que se chegue a Boracay, aproveite. Essa é uma ilha que oferece praias lindíssimas, bons restaurantes e uma vida noturna bastante ativa. Quaisquer sejam seus planos, a diversão lá é garantida.
Tatiana Sato
Viajante por natureza e escritora por paixão, essa brasileira com genes japoneses e nome russo mora fora do Brasil desde junho de 2007. Nascida e criada em São Paulo, Tatiana Sato mora atualmente em Manila, nas Filipinas, mas já viveu em Dublin, Irlanda, e em Barcelona, Espanha. Eternamente curiosa e apaixonada pela beleza da vida, uma "cientista da vida", é autora do blog Trotamundos by Tati Sato, onde descreve suas experiências pessoais, e colaboradora e editora-assistente do Brasileiras pelo Mundo, um blog no qual brasileiras que moram no exterior compartilham suas experiências.
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