segunda-feira, 20 de maio de 2013

Sofia Coppola / The Bling Ring


Sofia Coppola
THE BLING RING


Sem o existencialismo característico de seus melhores filmes, como “Encontros e desencontros” e “Um lugar qualquer”, Sofia Carmina Coppola reinventa-se como diretora com “The Bling Ring”, exibido hà cerca de uma hora na abertura da seção Un Certain Regard do 66° Festival de Cannes. Nunca se viu a cineasta, xodó de papai Francis Ford, com uma verve social tão critica quanto nesta historia baseada em fatos reais sobre uma quadrilha de jovens bem-nascidos cujo hobby é invadir a casa de famosos, como Paris Hilton.
Aos 42anos, completados na terça-feira, Sofia deu à sua questão autoral – a discussão sobre o vazio afectivo da juventude – uma abertura mais ampla, a fim de atacar o culto à celebridade nos EUA e no mundo. Pela primeira vez, a diretora apela para imagens de arquivo documentais, criando uma teia narrativa entre o real e o fictício, no esforço de entender o sentimento de seus personagens, todos afoitos por visibilidade e amizades virtuais (via Facebook).
Na contramão do que o trailer sugeria, Emma Watson, a Hermione de “Harry Potter”, não é o centro das atenções, embora Sofia ofereça a ela chances para brilhar. Aqui, a Scarlett Johansson da vez é a faiscante Katie Chang, estreante em longas, que engole o filme no papel de Rebecca, a primeira cabeça de um time de adolescentes a idealizar invasões à casas alheias, roubando Prada e outras grifes. A “chave de cadeia” Lindsay Lohan é citada todo o tempo no longa, e mostrada em vídeos e telejornais, como um dos modelos de Rebecca. Apesar de começar em ponto-morto e demorar cerca de 30 minutos para dizer a que veio, “The Bling Ring” seduziu Cannes e foi acolhido com aplausos, sem senões graves da critica. 



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