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terça-feira, 21 de julho de 2015

Pawel Pawlikowski / Ida



“Ida”, de Paweł Pawlikowski 
(2013)



Década de 60 na então República Popular da Polônia. Prestes a confirmar seus votos como freira, a jovem noviça Ida procura por seu único familiar vivo, sua tia Wanda, uma juíza decadente, alcoólatra, cínica e promíscua, assombrada por fantasmas do passado. Juntas, essas duas mulheres partem em um road movie pelo amago da história polonesa num doloroso acerto de contas com o Holocausto da Segunda Guerra (estima-se que 1/5 da população do país foi assassinada entre 1939 e 1945) e o terror judicial posterior (torturas, execuções e julgamentos políticos) comandado pelo governo comunista nos anos 50. Wanda conta para a sobrinha, entregue ainda criança para um convento, que seus pais eram judeus, e as duas partem em busca da história da família. Com fotografia esplendorosa em preto e branco (indicada merecidamente ao Oscar na categoria) enquadrada milimetricamente numa Proporção de Tela 1.33:1, que (segundo o diretor) busca emular os filmes poloneses da época, “Ida” exibe um painel tão trágico quanto “Leviatã”, ainda que, numa leitura rasa, soe tolamente católico. Mais profundo que isso, Paweł Pawlikowski propõe uma complexa jornada de descoberta (tardia) de identidade, e todo o choque que isso pode acarretar em uma pessoa cujo mundo, durante anos, se resumiu as paredes de um enorme convento. Em um curto espaço de tempo, Ida é “apresentada” à família que nunca teve, à John Coltrane e a si mesma, suscitando a questão: o que você faria? A resposta de Paweł: um filme arrebatador.


segunda-feira, 20 de julho de 2015

Agata Trzebuchowska / Ida

Agata Trzebuchowska

Ida
de Pawel Pawlikowski

agata2.jpg
“Não fiz nenhuma audição para o papel. Eu estava em uma cafeteria em Varsóvia, e uma diretora, amiga do Pawel (diretor de “Ida”), me viu e fez uma foto. Pawel me ligou depois, conversamos e ele pediu para que eu fizesse um teste de tela. As coisas começaram assim. Eu estava um pouco com medo, não vou negar. Pawel me pediu que eu fosse natural. Ele sabia que não estava trabalhando com uma atriz profissional e tinha noção das consequências disso. Não estou segura de seguir a carreira de atriz. As vezes acho que esse mundo não é pra mim. Tive que parar meus estudos por um tempo. Faço especialização em Antropologia Cultural na Faculdade de Ciências Humanas de Varsóvia”.