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terça-feira, 5 de abril de 2022

Esopo / A fábula da raposa e das uvas

Esopo

A fábula da raposa e das uvas

Chegando uma Raposa a uma parreira, viu-a carregada de uvas maduras e formosas e cobiçou-as. Começou a fazer tentativas para subir; porém, como as uvas estavam altas e a subida era íngreme, por muito que tentasse não as conseguiu alcançar. Então disse:

- Estas uvas estão muito azedas, e podem manchar-me os dentes; não quero colhê-las verdes, pois não gosto delas assim.

E, dito isto, foi-se embora.




segunda-feira, 4 de abril de 2022

Esopo / A rã e o boi

 

Robert Padula



Esopo
A rã e o boi

Uma rã estava no prado olhando um boi e sentiu tal inveja do tamanho dele que começou a inflar para ficar maior.

Então, outra rã chegou e perguntou se o boi era o maior dos dois.

A primeira respondeu que não – e se esforçou para inflar mais.

Depois, repetiu a pergunta:

– Quem é maior agora?

A outra rã respondeu:

– O boi.

A rã ficou furiosa e tentou ficar maior inflando mais e mais, até que arrebentou.




sábado, 2 de abril de 2022

Esopo / A raposa e o corvo

 



Esopo
A raposa e o corvo

Um corvo roubou um queijo, e com ele no bico foi pousar em uma árvore. Uma raposa, atraída cheiro, desejou logo comer o queijo; mas como! a árvore era alta, e o corvo tem asas, e sabe voar. Recorreu pois a raposa às suas manhas:

- Bons dias, meu amo, disse; quanto folgo de o ver assim belo e nédio. Certo entre o povo aligero não há quem o iguale. Dizem que o rouxinol o excede, porque canta; pois eu afirmo que V. Exa. não canta porque não quer; se o quisesse, desbancaria a todos os rouxinóis.

Ufano por se ver com tanta justiça apreciado, o corvo quis mostrar que também cantava, e logo que abriu o bico, caiu-lhe o queijo. A raposa o apanhou, e, safa, disse:

- Adeus, Sr. Corvo, aprenda a desconfiar das adulações, e não lhe ficará cara a lição pelo preço desse queijo.




sexta-feira, 1 de abril de 2022

Esopo / O lobo e o cordeiro





Esopo
O lobo e o cordeiro

Estava um lobo a beber água num ribeiro, quando avistou um cordeiro que também bebia da mesma água, um pouco mais abaixo. Mal viu o cordeiro, o lobo foi ter com ele de má cara, arreganhando os dentes.

— Como tens a ousadia de turvar a água onde eu estou a beber?

Respondeu o cordeiro humildemente:

— Eu estou a beber mais abaixo, por isso não te posso turvar a água.

— Ainda respondes, insolente! — retorquiu o lobo ainda mais colérico. — Já há seis meses o teu pai me fez o mesmo.

Respondeu o cordeiro:

— Nesse tempo, Senhor, ainda eu não era nascido, não tenho culpa.

— Sim, tens — replicou o lobo —, que estragaste todo o pasto do meu campo.

— Mas isso não pode ser — disse o cordeiro —, porque ainda não tenho dentes.

O lobo, sem mais uma palavra, saltou sobre ele e logo o degolou e comeu.




quarta-feira, 30 de março de 2022

Esopo / A cigarra e a formiga

 


Esopo
A cigarra e a formiga

A cada bela estação uma formiga incansável levava para sua casa os mais abundantes mantimentos: quando chegou o inverno, estava farta. Uma cigarra, que todo o verão levara a cantar, achou-se então na maior miséria. Quase a morrer de fome, veio esta, de mãos postas, suplicar à formiga lhe emprestasse um pouco do que lhe sobrava, prometendo pagar-lhe com o juro que quisesse. A formiga, que não é de gênio emprestador; perguntou-lhe, pois, o que fizera no verão que não se precavera.

— No verão, cantei, o calor não me deixou trabalhar.

— Cantastes! tornou a formiga; pois agora dançai.






terça-feira, 29 de março de 2022

Esopo / A lebre e a tartaruga






Esopo
A lebre e a tartaruga

— Tenho pena de você —, disse uma vez a lebre à tartaruga: — obrigada a andar com a tua casa às costas, não podes passear, correr, brincar, e livrar-te de teus inimigos.

— Guarda para ti a tua compaixão — disse a tartaruga — pesada como sou, e tu ligeira como te gabas de ser, apostemos que eu chego primeiro do que tu a qualquer meta que nos proponhamos a alcançar.

— Vá feito, disse a lebre: só pela graça aceito a aposta.

Ajustada a meta, pôs-se a tartaruga a caminho; a lebre que a via, pesada, ir remando em seco, ria-se como uma perdida; e pôs-se a saltar, a divertir-se; e a tartaruga ia-se adiantando.

— Olá! camarada, disse-lhe a lebre, não te canses assim! Que galope é esse? Olha que eu vou dormir um pouquinho.

E se bem o disse, melhor o fez; para escarnecer da tartaruga, deitou-se, e fingiu dormir, dizendo: sempre hei de chegar a tempo. De súbito olha; já era tarde; a tartaruga estava na meta, e vencedora lhe retribuía os seus deboches:

— Que vergonha! Uma tartaruga venceu em ligeireza a uma lebre!




quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Esopo / O cão e seu reflexo



Esopo
O cão e seu reflexo 


Um cão estava se sentindo muito orgulhoso de si mesmo. Achara um enorme pedaço de carne e a levava na boca, pretendendo devorá-lo em paz em algum lugar.
Ele chegou a um curso d´áqua e começou a cruzar a estreita ponte que o levava para o outro lado. De repente, parou e olhou para baixo. Na superfície da água, viu seu próprio reflexo brilhando.
O cão não se deu conta que estava olhando para si mesmo. Julgou estar vendo outro cão com um pedaço de carne na boca.

"Opa! Aquele pedaço de carne é maior que o meu", pensou ele. " Vou pegá-lo e correr". 
Dito e feito. Largou seu pedaço de carne para pegar o que estava na boca do outro cão. Naturalmente, seu pedaço caiu n`água e foi parar bem no fundo, deixando-o sem nada.


MORAL: Quem tudo quer tudo perde.






Esopo / O leão e o ratinho


Esopo
O leão e o ratinho

Alguns ratinhos brincavam de esconder. O menor deles saiu correndo em busca de esconderijo onde ninguém o encontrasse. Viu algumas rochas e ficou muito alegre por encontrar também uma caverna. Só muito tarde percebeu que a rocha era um leão dormindo, e que a caverna era a boca aberta do leão.
O felino ficou muito bravo por ter sido acordado e disse que iria castigar tanto atrevimento. O ratinho pediu desculpas.
- Prometo que isso não vai acontecer nunca mais.
O leão perdoou o ratinho. Alguns dias depois acordou novamente com os guinchos e as correrias, pensou: "vou dar uma lição nesses ratinhos, e se os pais deles não gostarem, morrerão também."
Acontece que os caçadores esperavam por ele há vários dias. Quando ele passou debaixo de uma árvore, jogaram a rede e o prenderam. Ele fez de tudo para sair mas foi impossível. Os caçadores deixaram o leão na rede e foram avisar seus companheiros. O leão lutou muito tempo, e seus rugidos estremeceram a floresta. Depois, cansado, ficou triste. Sabia que os homens iriam matá-lo ou então o levariam para algum zoolágico bem longe.
Passado algum tempo, o Leão ouviu uma voz junto de seu ouvido.
Era o Ratinho.
- Leão, vim tirar você dessa armadilha.
Não acrediou. Como um animal tão insignificante poderia ajudá-lo?
- Chame alguém maior e mais forte. Você nunca conseguirá me tirar daqui - Rugiu o leão.
- Sou pequeno mas tenho os dentes afiados - Disso o ratinho.
O Ratinho roeu então as malhas da rede, uma por uma. Algum tempo depois o buraco ficou grande e o leão pode escapar. Quando os caçadores voltaram, a rede estava vazia.

MORAL: Algumas vezes o fraco pode ajudar o forte.



terça-feira, 18 de agosto de 2015

Biografias / Esopo



Esopo

Esopo

Esopo (620 a.C. ? - 564 a.C. ?) foi um fabulista e contador de histórias grego que viveu por volta do século VI a.C. São a ele atribuídas uma série de fábulas que são popularmente conhecidas como Fábulas de Esopo. É característica marcante de seus contos a capacidade dos animais de falarem e agirem com características semelhantes à dos humanos, além da conclusão sempre dotada de um sentido e de um ensinamento moral.

Sua existência, assim como a de Homero é motivo de controvérsia, e levanta-se a possibilidade de que sua obra seja na verdade uma compilação de fábulas ditadas pela sabedoria popular da antiga Grécia. Caso tenha de fato existido, não nos chegou qualquer um de seus manuscritos. O que há são numerosos contos transmitidos durante séculos por meio da tradição oral, difundidos em várias línguas, numa tradição narrativa que se mantêm até os dias de hoje. A primeira tentativa de recolha sistemática da obra de Esopo foi feita pelo filósofo Demétrio de Falero, em torno do ano de 325 a.C.

Os dados sobre sua vida são ainda mais obscuros, e existem vários relatos desconexos sobre possíveis contatos com várias personalidades, além de vários lugares que Esopo teria conhecido, vivido ou experimentado o cativeiro. Do mesmo modo, há vários locais tidos como de seu nascimento. De acordo com o historiador Heródoto e do filósofo Plutarco, Esopo era gago e corcunda, tendo se tornado escravo, mas teria sido libertado posteriormente. Dono de grande inteligência, teria viajado pela Ásia, Egito e Grécia. Outros relatos dão como local de sua origem a Trácia, região da Ásia Menor (atual Turquia), e como escravo na Grécia, terminou libertado pelo seu último senhor, o filósofo Janto (Xanto). Outros relatos o colocam como um protegido do rei Creso, da Lídia ou então do rei Amásis, no Egito. Teria sido em meio às suas viagens ao oriente que Esopo desenvolveu o gosto pela composição das fábulas.

Quanto à sua morte, vários são os relatos, ligando o seu fim à cidade de Delfos: Esopo, em missão representando o rei Creso, teria sido acusado injustamente do roubo de um objeto sagrado do templo da cidade, ou ainda, os habitantes de Delfos estariam irritados com suas zombarias, ou finalmente, estes suspeitavam de que Esopo teria a intenção de ficar com o dinheiro que Creso lhes tinha destinado. De qualquer forma, Esopo teria sido atirado do alto de um rochedo como punição, o que custou aos cidadãos de Delfos castigos severos, como por exemplo o corte de envio de alimentos.

Bibliografia:

DANNEMANN, Fernando Kitzinger. Esopo. Disponível em: <http://www.recantodasletras.com.br/biografias/621597>.

CRISTIANE MADANÊLO DE OLIVEIRA. "ESOPO (+/- 620 A. C.)" [online] Disponível na internet via WWW URL: http://graudez.com.br/litinf/autores/esopo/esopo.htm