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domingo, 1 de setembro de 2013

Mulheres / Sharapova



Mesmo lesionada, 

Sharapova não para 
e posa de shortinho para revista

Tenista faz ensaio e mostra ótima forma física.


A tenista está sem jogar desde Wimbledon. Sharapova foi eliminada logo na segunda rodada do Grand Slam britânico pela portuguesa Michelle Larcher de Brito.











Rebeca Gusmão / Hospitalizada em estado grave

[rebecapan(1).jpg]
Ex-nadadora ingeriu grande

quantidade de remédios 

e segue internada 

no Distrito Federal

Hospitalizada em estado grave, 

Rebeca Gusmão tentou suicídio 

pela segunda vez em 2013

Diego Ribas, do R730/08/2013 às 15h59

rebeca gusmãoMarcelo Ferrelli/Gazeta Press
Rebeca Gusmão está afastada das competições nas piscinas desde 2009















O quadro de saúde da ex-nadadora Rebeca Gusmão é gravíssimo. A informação foi apurada pela reportagem do R7 com fontes próximas à família da atleta que, pedindo para não serem reveladas, ainda informaram que esta não á a primeira vez que tal situação acontece.




Hospitalizada desde a última quinta-feira (29), Rebeca teria tentado se matar com a ingestão de grande quantidade de remédio, mesma atitude tomada ainda no início do ano, em caso que não chegou a ser revelado pela imprensa.

Banida das piscinas desde 2009 por doping, a ex-nadadora está internada no Hospital Regional de Samambaia, em Brasília, que, por meio da assessoria da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, informou que a família não permitiu a divulgação de nenhuma informação sobre a ex-nadadora.

Afastada da natação, Rebeca se aventurou por disputas de levantamento de peso (supino) e até de futebol em caráter amador. Atualmente, a brasiliense é diretora de Apoio ao Atleta da Subsecretaria de Esporte.

O escândalo de doping da atleta veio à tona após os Jogos Pan-americanos de 2007, quando ela se tornou a primeira nadadora brasileira a ganhar ouro na história da disputa ao vencer os 50 m e os 100 m livre. No fim daquele ano, foi anunciado que ela havia testado positivo para esteroides anabolizantes em exames realizados durante a competição.

Como já havia sido pega pelo uso de testosterona exógena no Troféu José Finkel de 2006, Rebeca acabou banida do esporte e perdeu as medalhas conquistadas no Rio 2007 (além das disputas individuais, ela foi prata no revezamento 4 x 100m livre e bronze no revezamento 4 x 100m medley).

O caso de Rebeca é polêmico, já que as amostras coletadas durante o Pan do Rio apresentaram duplo DNA. Apesar disso, ela nunca conseguiu provar sua inocência e, na apelação feita ao CAS (Corte Arbitral do Esporte), não obteve sucesso.

Nas eleições de 2010, Rebeca se candidatou a deputada distrital pelo PCdoB, mas não foi eleita
.




segunda-feira, 24 de junho de 2013

O futebol segue o seu caminho

Futbolista
Copacabana, Rio de Janeiro, 2013
Foto de Triunfo Arciniegas
O futebol segue o seu caminho


Os protestos no Brasil não conseguiram para a Copa das Confederações


José Sámano, Fortaleza 22 JUN 2013 - 05:34 CET



Fortaleza, Brasil / AP
Nada assusta a FIFA, a poderosa organização mundial do futebol. A UEFA, o seu satélite europeu, não suspendeu o calendário em 11 de setembro nem em 11 de maio, e a matriz está muito menos disposta a fazê-lo nesta Copa das Confederações disputada em um Brasil “sem controle”, como anunciou ontem a manchete de O Globo. No início da manhã circulou o a notícia de que a seleção italiana tinha manifestado preocupação com a segurança da partida, que ninguém podia garantir, e obviamente tampouco o governo, superado pelos acontecimentos dos últimos dias com o país incendido que escolheu o futebol como vitrine das suas reivindicações e pôs a FIFA na mira: “Queremos educação no padrão da FIFA” é um dos lemas. O governo brasileiro admitiu que o orçamento da Copa 2014 já alcançou mais de 13 bilhões de dólares (quase 9.900 milhões de euros). Informações locais apontam que, somado aos Jogos de 2016, os gastos públicos chegarão a 25 bilhões de dólares (19.000 milhões de euros). O Brasil, supostamente um gigante em ebulição desejoso de exportar a sua imagem, comprometeu-se com todos os eventos que se possa imaginar. Na sua agenda internacional também se destaca a visita do Papa ao Rio, entre 22 e 28 de julho.
 Não surpreende que os distúrbios dos últimos dias deixem os times, que se vêm na linha de tiro, extremamente inquietos. Muitos jogadores italianos viajaram para a Copa com suas famílias, o que aumenta a sua angústia. A Itália jogará hoje contra o Brasil em Salvador, onde na madrugada de ontem os manifestantes atacaram alguns ônibus da própria FIFA. Na última partida do Brasil, contra o México, cerca de 25.000 pessoas tentaram bloquear o acesso ao estádio Castelão, em Fortaleza, onde desde ontem de manhã a equipe espanhola chegou para passar uma semana, a menos que, imprevisivelmente, não se classifique como primeira do grupo. A Espanha, que domingo enfrenta a Nigéria e deveria jogar na mesma cidade na semifinal na quinta-feira que vem, não está alheia à preocupação geral. Além das revoltas dos últimos dias houve 965 homicídios na cidade entre janeiro e abril, muito superiores aos dados já bastante assustadores do ano de 2012: 1.628, segundo dados de O Globo,
O temor italiano acendeu o estopim. A possibilidade de suspensão do torneio se espalhou por todo o país. Horas antes de o Movimento Passe Livre anunciar a suspensão temporária das manifestações, a FIFA, contra a qual há vários cartazes nas passeatas – um cartaz numa varanda perto do Maracanã dizia “Fuck Cup” – foi obrigada a emitir o seguinte comunicado: “Apoiamos e defendemos o direito à liberdade de expressão e à manifestação pacífica e condenamos toda forma de violência. Estamos em contato permanente com as autoridades locais e confiamos plenamente nas medidas de segurança que vem sendo aplicadas. Acompanharemos de perto o desenvolvimento dos acontecimentos. Em nenhum momento a FIFA, o Comitê Organizador ou o governo federal pensaram ou analisaram a possibilidade de cancelar a Copa. Estamos em contato permanente com todas as partes implicadas, inclusive as seleções, e as mantemos informadas de todas as medidas adotadas. Não recebemos nenhum tipo de pedido que mencionasse a possibilidade de deixar o Brasil.” No início dos distúrbios, Joseph Blatter, presidente da FIFA, disse que entendia “que as pessoas não estejam satisfeitas”, mas lançou uma mensagem condenatória: “Não devem usar o futebol para que ouçam as suas demandas.” Demetrio Albertini, ex-jogador do Milan e do Barcelona e atual vicepresidente da federação italiana, assegurou que a sua delegação estava “tranquila” e de modo algum havia considerado deixar a disputa. Para alguns analistas locais, se a Confederações fosse suspensa por motivos de segurança, o governo de Dilma Rousseff teria de pagar uma indenização.
A seleção espanhola não está imune ao receio generalizado. Seus jogadores tiveram pertences furtados nos quartos do hotel de Recife onde se hospedaram na semana passada e, apesar do nome, Fortaleza engana. Não é precisamente um fortim. Os agentes de turismo recomendam discretamente que os hóspedes não se afastem muito da Avenida Beira Mar, a principal artéria desta cidade, a quinta maior do país, com 2,5 milhões de habitantes. A seleção espanhola, hospedada nesta avenida, terá de se deslocar quase oito quilômetros para treinar nas instalações da universidade. Pelo caminho passarão pelo bairro Aldeota, onde a atriz e modelo Susana Werner, ex-namorada de Ronaldo e atual esposa do zagueiro brasileiro Júlio César, foi assaltada a mão armada na quinta-feira passada.
No último dia 13, 48 horas antes do início desta Copa, a presidente Rousseff anunciou a instalação de seis centros de segurança nas cidades-sede, com um investimento total de 900 milhões de dólares. A iniciativa reúne 30.000 policiais e soldados do exército. Em Fortaleza, a segurança está a cargo de 7.000 policiais. Mas o que ia ser uma blindagem do futebol foi superado pelas rebeliões populares. Antes e depois de os indignados anunciarem uma trégua, a FIFA segue adiante com o futebol.
Una traducción de Cristina Cavalcanti



domingo, 23 de junho de 2013

O futebol também protesta


Pelé

O futebol também protesta

Pelé pede aos manifestantes que se limitem a apoiar a seleção e saiam das ruas

Romário responde com ironia que “em silêncio, ele é um poeta”


José Sámano / Luis MartinRío de Janeiro 21 JUN 2013 - 01:28 CET


Romário

Um cartaz na entrada do majestoso Maracanã recorda aos fãs de todos os cantos do mundo: “Aqui o Brasil construiu a sua História”. Uma lenda com maiúscula que transcende o futebol. Este esporte, vitrine universal, nos últimos dias se converteu na maior vitrine do mundo para as reivindicações sociais dos brasileiros. Como ressaltaram nesta quinta-feira alguns fãs diante dos portões do templo futebolístico do Brasil, o Maracanã ilustra perfeitamente o que o povo condena. O custo da reforma foi muito maior do que o orçamento inicial e acabou consumindo mais de 300 milhões de euros e de dentro dele pode-se ver vários conjuntos de favelas. Em uma das avenidas que leva até lá há um toldo com cartazes que exibem a mesma reclamação: “Queremos trabalhar.” Nos arredores do Maracanã não houve manifestação antes da partida Espanha-Taiti, como aconteceu em jogos anteriores.
“Não somos contra o futebol, mas contra a corrupção”, podia-se ler na quarta-feira em diversos cartazes espalhados pelo estádio de Fortaleza no jogo Brasil-México. Umas 15 mil pessoas tentaram bloquear o acesso. O futebol e os jogadores sentiram necessidade de intervir e, à exceção de Pelé, sempre perto do poder, a imensa maioria se declarou a favor dos manifestantes. Estes, que viram no futebol um alto-falante perfeito, não só conseguiram visibilidade máxima como também obtiveram o seu melhor cartaz, a adesão dos jogadores mais ilustres.
Horas antes da partida, nas redes sociais circulou a ideia de que os fãs brasileiros deviam dar as costas ao hino no início do jogo. Juninho Pernambucano, ex-jogador Canarinha que está nos Estados Unidos, apoiou a ideia. Os jogadores se mobilizaram rapidamente. Alvez, o jogador do Barcelona, se solidarizou pelo Instagram. “Por um Brasil sem violência, melhor, em paz, educado, com saúde, honesto e feliz.” Hulk, atacante titular, escreveu na rede: “O Brasil tem que melhorar mesmo.” O zagueiro David Luiz também se manifestou: “Acho bom que as pessoas protestem pelos seus direitos.”
Mas ninguém foi tão contundente quanto Neymar, o atual ícone do futebol brasileiro. Na sua conta do Instagram, o novo jogador do Barcelona disse estar “triste” com o que acontece hoje no seu país. “Sempre tive fé de que não seria preciso chegar ao ponto de sair às ruas para exigir melhores condições de transporte, saúde, educação e segurança, principalmente porque isto é obrigação do governo.” “Os meus pais, acrescentou Neymar, “trabalharam muito para oferecer a mim e ao meu irmão um mínimo de qualidade de vida ... Hoje, graças ao êxito que vocês [referindo-se aos fãs] me proporcionaram, poderia parecer demagógico da minha parte – mas não é – levantar a bandeira das manifestações que percorrem todo o Brasil; mas eu sou brasileiro e amo o meu país (...). Quero um Brasil mais justo, mais seguro, mais saudável e mais honesto. Na partida contra o México vou entrar em campo inspirado por estas manifestações. Estamos juntos.” No embate contra o México, antes, durante e no final, Neymar gesticulou mais de uma vez em direção à arquibancada e conversou com muitos seguidores. Isso ocorreu depois dos gritos: “Ô brasileiro, vamos acordar, um professor vale mais que o Neymar.”
Neymar e os seus companheiros da seleção não estavam sós na solidariedade com os indignados brasileiros. Vários ex-jogadores também se lançaram em campo. Na frente, não podia faltar Pelé, que postou um vídeo na rede: “Peço aos brasileiros que não confundam as coisas. Estamos preparando a Copa do Mundo, vamos apoiar a seleção, vamos esquecer a confusão reinante e vamos esquecer os protestos.” Com ironia, Romário, deputado federal pelo Rio, imediatamente disse a Pelé para se calar: “Pelé em silêncio é um poeta.” Romário criticou duramente o “escandaloso” investimento estatal para o Mundial, isso sem contar o que o Brasil terá de gastar com as Olimpíadas de 2016. Dois eventos que ameaçam passar da conta.
Nas redes, as críticas a Pelé foram massivas, levando o Rei, embaixador do Mundial de 2014, cujos investimentos milionários o povo também critica, a se retratar hoje. “Sempre lutei contra a corrupção; depois do milésimo gol falei da importância da educação. Não me entendam mal, só peço que não descarreguem as nossas frustrações na seleção.” Para Rivaldo, “é uma vergonha organizar o Mundial no Brasil com a desigualdade que existe aqui, com gente passando fome”. “Já fui pobre e senti na pele a dificuldade de não ter um bom serviço de saúde. O meu pai foi atropelado e morreu por não ter sido atendido num hospital público de Recife ...” No Brasil, o futebol também protesta.
Traducción de Cristina Cavalcanti