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O escritor James Joyce e a livreira Sylvia Beach em 1930, dentro da livraria Shakespeare and Company, em Paris. |
Que livros compravam Simone de Beauvoir, Joyce, Hemingway e Lacan em Paris?
Pesquisadores da Universidade de Princeton vasculham os arquivos digitalizados da histórica livraria Shakespeare and Company para detalhar o perfil leitor de seus clientes mais ilustres
Cupello (Itália) - 19 MAY 2020 - 14:28 COT
Durante a primeira parte do século XX, Paris representava mais do que nunca a cidade dos intelectuais, um ponto de encontro onde confluíam alguns dos autores-símbolo daquela época. Gertrude Stein a chamava de Geração Perdida, uma expressão que se tornou famosa graças ao romance Paris É uma Festa (1948), de Ernest Hemingway, e que descrevia os jovens que tiveram o azar de chegar à maturidade no contexto da Primeira Guerra Mundial. A capital francesa oferecia recantos que pareciam refúgios seguros, como a histórica livraria Shakespeare and Company. Fundada em 1919 por Sylvia Beach, dedicava-se, e ainda se dedica, à venda de livros em língua inglesa, naquele momento difíceis de conseguir a um preço razoável.