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quinta-feira, 6 de setembro de 2018
domingo, 25 de fevereiro de 2018
Fenomenologia do grafite / Arte e expressão urbana
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Banksy |
Fenomenologia do grafite
Arte e expressão urbana
4 NOVEMBRO 2016,
VERA FELICIDADE DE ALMEIDA CAMPOS
Trabalhos artísticos realizados nas ruas, nos espaços públicos, distintos dos que acontecem em espaços institucionalizados (museus, galerias, teatros) são denominados Arte Urbana (Street Art).
A arte urbana se expressa no campo da música, do teatro, do circo, do desenho etc. São inúmeras performances nas ruas das cidades, onde, fundamentalmente, os artistas buscam receber pagamentos dos transeuntes que param e assistem seus desempenhos. É a arte exercida nas ruas como ganha pão diário. O grafite é diferente.
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Banksy |
Grafiteiros são diferentes de vândalos. No mundo inteiro, inúmeros grafiteiros escrevem, desenham e pintam nas paredes desde a antiguidade (desde as pinturas rupestres nas cavernas). São objeto de muitas controvérsias quanto ao reconhecimento e legalidade de seus trabalhos; alguns assumem suas identidades, outros se camuflam em pseudônimos, muitos passam desapercebidos e outros se tornam famosos: Basquiat, por exemplo, Os Gêmeos em São Paulo e o super criativo Banksy (pseudônimo do artista guerrilheiro) que teve um de seus painéis coberto de tinta por funcionários contratados pela prefeitura da cidade britânica de Bristol, posteriormente tendo todas as suas obras preservadas pelo Conselho Municipal da mesma cidade. Condenação e proteção de grafites estão sempre acontecendo, gerando controvérsias entre os poderes reguladores do uso das cidades, em toda parte.
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Banksy |
O contexto das ruas, mais especificamente de seus muros e paredes, se constitui na tela, na moldura escolhida para grafitar. Grafitar é expressar em desenhos, em frases, o que se sente e percebe do cotidiano, principalmente em relação à urbe, à cidade vivenciada, tanto quanto é também trazer para as pessoas, seu próprio modo, sua forma onírica, sua própria maneira de perceber.
Grafitar é gritar, é expressar o que se sente. Estes gritos, estas expressões resumem clamores individuais, fracos e não expostos, e exatamente aí se encontra a motivação, a sutileza e popularidade dos grafites: expõem o que se murmura, aos gritos, e assim toda a cidade pode ouvir.
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Banksy |
O importante no grafite é grafitar o que acontece, sob a forma de desenho e/ou palavras, é estabelecer resumos que se abrem como dinamites, explosões esclarecedoras do que rola nas ruas, nas casas, nas cabeças. Neste sentido o grafite substitui as charges dos jornais, tanto quanto resume as “tirinhas” de super-heróis. É a banda animada das histórias em quadrinhos, é também as confissões escondidas dos banheiros públicos. Sempre há um aspecto de explosão individual diante do que aprisiona. O grafite pode ser também uma expressão de revolta, de crítica ao sistema alienante. O grafite é libertário, desde que expressa o que se sente. Tudo que é colocado no grafite é um ato contra uma situação estabelecida, é a manifestação de um desejo, é uma cogitação, uma crítica, por isso o grafite exemplifica um protesto urbano.
Estamos em um sistema no qual, infelizmente, tudo é captalizado, aproveitado, imitado, e assim, desde que o grafite se popularizou nas cidades modernas, pessoas, empresas, organizações, até mesmo instituições religiosas, mandam grafitar propaganda, palavras de ordem, versos e desenhos sagrados, tentando angariar clientes, consumidores, ou pescar almas.
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Banksy |
Esta arte espontânea, este grito do povo, coagulado e expresso nas paredes - o grafite - também se transforma pela mediação dos marchands - donos e agentes de galerias - em um objeto de luxo, pintura cara, e aí temos as ruas nas paredes, decorando livings imensos. Grafite vira moda e começa a ter valor agregado, seus gritos são, então, mecanizados seja por ampliação, seja por amordaçamento.
WSI
Vera Felicidade de Almeida Campos
Vera Felicidade é psicóloga. Trabalha, desde os anos 60, em psicoterapia e é autora de 10 livros sobre Psicoterapia Gestaltista, teoria psicoterápica por ela criada. Fundou um curso pré-vestibular em psicologia onde ministrava aulas, trabalhou em hospitais psiquiátricos e manteve consultório particular de psicologia clínica.
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Banksy / Esse “the real Banksy” que você segue no Twitter não é o Banksy real
Não, esse “the real Banksy”
que você segue no Twitter não é o Banksy real
Ou será que sim? Estamos falando de um artista que esconde sua verdadeira identidade e que além de tudo é crítico e irônico com a sociedade contemporânea
JAIME RUBIO HANCOCK 11 OCT 2014 - 20:51 BRT
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Banksy não é representado por nenhuma galeria, não está no Facebook e nunca usou o Twitter. Isso está explicado em seu site. Ainda assim, existe no Twitter uma conta chamada @therealBanksy que tem mais de 650.000 seguidores e que não pertence ao Banksy real, ainda que tenha parecido como tal em alguma ocasião. Como quando publicou um grafite crítico sobre nossa relação com os celulares. Ou quando publicou a imagem de uma pichação protagonizada por Calvin e Haroldo.
Atenção, ele não engana ninguém: em sua biografia diz claramente que se trata de uma fan account e que não é dono de nada do que compartilha. São obras do artista britânico em sua maioria, mas existem também ilustrações e frases que parecem saídas de um livro de Paulo Coelho. Além disso, a letra ‘I’ de real é uma ‘i’ maiúscula (@therealBanksy com ‘L’ é um menino que fala de suas coisas).
Não é única conta que adota o nome do artista. Encontramos a@BanksyOfficial, com 215.000 seguidores. Apesar do adjetivo, também se define como fan account e não somente tem um estilo similar a @therealBanksy, como algumas tuitadas são iguais. Também existe publicidade de marcas de chá e retuitadas de uma conta ‘fake’ de Carrie Bradshaw. Sim, o personagem de ‘Sex in the City’.
Não vão embora, existe mais: @offlcialbanksy não é tão bem sucedida, apesar de nem sequer esclarecer que não é oficial como assegura. Possui 15.700 seguidores e também publica ilustrações e material que não tem muito a ver com o artista.
Outra conta banksyana é@banksyny, com quase 67.000 seguidores e somente 72 tuitadas. Essa conta foi aberta na época em que Banksy esteve nos Estados Unidos, há um ano.
A viagem americana causou as únicas aparições confirmadas do grafiteiro nas redes (que se saiba, claro): sua conta de Instagram, ainda aberta, mas inativa desde então, e os vídeos de seu canal do Youtube, que incluem a venda frustrada de originais.
Insistimos: “BANKSY NÃO ESTÁ NO TWITTER”, como nos lembra paradoxalmente @banksy, tanto em sua biografia como em sua última tuitada (publicada em fevereiro). Essa é a única tuitada escrita, já que o resto eram retuitadas de gente que o mencionava, muitos colocando em dúvida a possibilidade de que fosse, realmente, o artista, e outros ao que parece confiando que isso fosse certo. Essa atividade escassa bastou para que ele alcançasse quase 10.000 seguidores.
Precisamente, um daqueles que tentou interagir com @banksy era outra conta parecida: @IamBanksy.
Esse outro tuiteiro assume sua condição de conta não oficial e, de fato, se denomina “More Like Bunksy (“mais como Bunksy”), dedicando-se a colocar notícias, textos e imagens sobre arte de rua. Tem somente 691 seguidores, mas é muito ativa, com aproximadamente 28.700 tuitadas.
A fugaz @CheltersBanksy nasceu nesse verão com o objetivo de se queixar em primeira pessoa que a obra Spy Booth foi transferida das ruas de Cheltenham para uma galeria de arte. A conta está atualmente suspensa.
A @BanskyIdeas é mais discreta, que se define como o departamento de I+D dos escritórios centrais de Banksy e esclarece que é uma conta imitação. Quase não tem atividade (duas tuitadas em setembro e 20 no ano inteiro de 2014). Nela propõe desenhos ao artista, como um Darth Vader com um ovo de chocolate no lugar da cabeça.
Não existe somente suplantação, homenagens e imitações no Twitter. No Tumblr existe outro Real Banksy com conta no Pinterest. É apresentado como autêntico, mas é claramente uma imitação, com textos nos quais explica sua obra colocando no final frases como “o que vocês acham?”, ou narrando supostas histórias da infância. Está há um ano sem atualizações.
Melhor: inclui gifs protagonizados pelo suposto Banksy real, com óculos e nariz falsos incluídos.
Por outro lado, estamos falando de Banksy, um artista que esconde sua verdadeira identidade e que além de tudo é crítico e irônico com a sociedade contemporânea.
Ou seja, alguma dessas contas poderia ser sua. Ou todas. Poderia estar brincando com como as redes sociais constroem a imagem de uma pessoa. Ou expondo o pouco que nos questionamos sobre o que vemos. Ou seja, coloca ali que é “the real Banksy”. Por que alguém mentiria na internet?
EL PAÍS
EL PAÍS
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Banksy / Arte de rua que vale milhões
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A sede londrina da Sotheby's organiza partir de hoje a primeira retrospectiva 'não autorizada' da obra de Banksy. A subversão, fechada entre as quatro paredes de uma galeria no coração do exclusivo bairro de Mayfair, vale milhões. O artista, obviamente, não foi à apresentação. Na imagem, um funcionário ajusta uma das obras penduradas, que retrata Kate Moss. NEIL HALL (REUTERS)
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Banksy
Arte de rua que vale milhões
Uma retrospectiva 'não autorizada'
6 JUN 2014
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Um funcionário da Sotheby's se prepara para colocar várias obras do artista urbano britânico Banksy. A mostra estará aberta ao público a partir de 11 de junho até 25 de julho. WILL OLIVER (EFE) |
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A mostra, com curadoria de Steve Lazarides, agente de Banksy durante anos, conta com 70 peças expostas, entre pinturas, esculturas e serigrafias. |
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As obras (incluído este retrato de Winston Churchill) são vendidas por preços que podem alcançar 500.000 libras (1,8 milhões de reais). |
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Uma funcionária de Sotheby's posa ao lado da obra de arte 'Burger King', realizada em 2006 por Banksy. |
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'Banksus Militus Vandalus', uma das esculturas presentes na exposição.
domingo, 8 de junho de 2014
A subversão milionária de Banksy
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Churchill, visto por Banksy, em Londres. / WILL OLIVER (EFE) |
“Não posso acreditar que vocês, idiotas, realmente comprem esta merda”, foi a resposta desse misterioso personagem de arte urbana apelidado Banksy à elevadíssima cotação de três de seus trabalhos em um leilão de Sotheby´s, em 2006. O hoje grafiteiro mais famoso do mundo, que por então começava a se estabelecer como um fenômeno cultural de nosso tempo, estampou a frase em uma litografia publicada em seu site e que, com o vai e vem da vida ou do mercado, está pendurada desde esta semana na sala de exposições da mesma empresa londrina como parte da primeira retrospectiva “não autorizada” das obras do artista. A subversão, fechada entre as quatro paredes de uma galeria localizada no exclusivo bairro de Mayfair, vale milhões.
O autor das setenta obras que estarão expostas no espaço S|2 de Sotheby´s a partir da próxima quarta-feira não foi hoje à apresentação. “Ele odeia a ideia!”, confirma o curador da mostra e seu antigo agente, Steve Lazarides, sobre a proclamada aversão de Banksy à comercialização de seus trabalhos em galerias de arte. O artista comunicou sua repugnância ao agente através de um e-mail – não se falam há anos– embora agora já não possa fazer nada a respeito, porque ele mesmo vendeu essa produção que abarca dos seus primeiros anos com um spray em mãos e perseguido pela polícia nas ruas de Bristol até a consagração de sua marca, em meados da década passada. E agora Lazarides se dispõe a “reajustar” o novo valor de mercado dessas imagens que ilustram um Winston Churchill com crista de punk, dois policiais beijando-se apaixonadamente ou a estampa da rainha da Inglaterra transformada em um macaco, gerenciando a revenda à maior oferta.
À margem da renda pecuniária que a operação acabará gerando, a exibição desses trabalhos executados entre 2000 e 2009, ano da ruptura entre ambos, “são o relato de uma trajetória que explicará ao público o fenômeno Banksy”, defende Lazarides, um antigo fotógrafo que em sua juventude documentou as primeiras incursões noturnas do grafiteiro em sua Bristol natal e acabou formando uma equipe com ele, convertendo-se em seu agente. Foram os anos nos quais o artista urbano transitou dos abstratos do spray a uma narrativa definida por uma mensagem anti-sistema, através de peças satíricas sobre política, tensões sociais ou cultura pop. A marca de Banksy são os grafites com molde plasmados nos espaços públicos de tantas cidades, mas a exposição de Sotheby´s também ilustra sua faceta menos conhecida como escultor ou pintor a óleo: a figura, por exemplo, de uma bailarina que imita às de Degas mas que tem o rosto coberto por uma máscara anti-gás, ou esse quadro do mar sob um céu ensolarado cujo caráter bucólico é rompido com a presença de um preso com “uniforme” de Guantánamo, vestido com um macacão laranja e um capuz na cabeça, na praia.
A identidade do autor continua sendo desde então uma grande pergunta que alimenta o mito, e também a promoção de sua marca. Por isso Lazarides não revela nada sobre o personagem, que as pessoas especulam que seja branco, de trinta e poucos anos e inglês. O único que confirma é que se trata de um artista autodidata que ele mesmo ajudou a proteger na cena da arte organizando os famosos stunts de Banksy, como sua intervenção de 2004 no Museu de História Natural de Londres, onde conseguiu pendurar uma de suas peças, nada menos que um rato dissecado e colado em um cartaz: “Ele se disfarçou de operário, pendurou o rato na parede sem que ninguém visse e contatamos com a imprensa para divulgar a história”. O célebre roedor, que agora está pendurado em uma das paredes da exposição de S|2, está valorizado hoje em 500.000 libras (1,8 milhões de reais).
Quando o Street art entra na equação do mercado, graças à publicidade de Banksy, os murais concebidos como “arte pública” começam a ser quebrados pelos proprietários dos imóveis em cujas paredes apareceu um grafite, em uma noite qualquer, para venda. Essa prática é “imoral” para Lazarides, porque essas obras “nunca foram concebidas para serem comercializadas, são arrancadas de seu contexto, do bairro que o artista escolheu para que se relacionem com o meio”. Nesse ponto coincide com seu antigo amigo Banksy, a quem ainda define como um “ativista social” cujos truques publicitários, assegura, somente servem para que sua mensagem chegue ao maior número possível de pessoas.
Depois que seus caminhos se separassem em 2009, os dois ficaram muito ricos dentro e fora do sistema. Lazarides fundou uma galeria em Londres considerada líder no mercado internacional de arte urbana. Banksy continua com suas atuações na chamada “arte de guerrilha”, uma das mais recentes na primavera passada, nas ruas de Nova York, onde cada noite estampou uma obra em algum dos imóveis da cidade para depois divulgar em seu portal. A recepção ambígua dos nova-iorquinos sugere que o fenômeno começa a “se queimar”. Talvez por isso peças nunca exibidas, como a imagem dessa criança africana moribunda que o artista coroou com o lema de uma rede de hambúrgueres global, aparecem agora em uma galeria londrina para sua exibição e, sobretudo, sua venda, no máximo da cotação.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Banksy / Mural de Banksy é retirado após polêmica
Mural de Banksy é retirado de leilão em Miami após polêmica
- Painel desapareceu de um muro próximo a uma loja de artigos populares
- em Londres há uma semana
- Peça estava avaliada entre US$ 500 mil e US$ 700 mil
O Globo, 24 de fevereiro de 2013
RIO - A obra em spray do misterioso artista de rua Bansky intitulada “Slave labor (Bunting boy)”, extraída de um muro em Londres e reapareceu em Miami, foi retirada do leilão previsto para acontecer no sábado. Ainda é um mistério a propriedade do desenho, assim como foi descolada da parede próxima a uma loja de artigos populares na capital inglesa. Além desta, uma outra obra de Bansky, não identificada, foi retirada do leilão. As peças estavam avaliadas entre US$ 500 mil e US$ 700 mil.
Frederic Thut, proprietário do Belas Artes Leilões Miami, que venderia as obras, disse que sua empresa fez "todas as devidas diligências necessárias" para estabelecer a propriedade das peças. Mas a pintura de Londres e outro mural de Banksy, no entanto, foram retirados.
"Embora não existam questões legais sobre a venda dos lotes 6 e 7 por Banksy, a Fine Art Leilões Miami foi convencida a retirar esses lotes do leilão e encaminhá-las às autoridades destas obras", escreveu Thut em um e-mail.
O trabalho polêmico foi pintado em um edifício ocupado por Poundland Stores, um varejista britânica que vende vários itens por apenas uma libra. A obra mostra um jovem ajoelhado com uma máquina de costura Union Jack bunting, a bandeira do Reino Unido — o símbolo aparece nas cores azul, vermelho e branco, enquanto o resto do desenho foi feito em tons cinza e sépia. Realizado no ano passado, em meio às celebrações dos 60 anos da Rainha Elizabeth no trono, o trabalho foi considerado um ácido comentário social, como a maioria das obras de Banksy, e desde então se tornou uma atração cultural naquela região, também conhecida como Turnpike Lane.
Como “Slave labor” chegou a Miami é um mistério. Poundland, a loja em cujo muro a obra primeiramente apareceu, afirma que não tem nada a ver com sua remoção. Enquanto isso, a casa de leilões não divulga quem é o vendedor e nem como teve acesso à obra.
http://oglobo.globo.com/cult
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