Mostrando postagens com marcador Modelos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Modelos. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Museu holandês expõe obra completa de Peter Lindbergh




Naomi Campbell, Linda Evangelista, Tatjana Patitz, ChristyTurlington e Cindy Crawford na foto que ficou conhecida como acertidão de nascimento das supermodelos. Foto: EFE

Museu holandês expõe obra completa de Peter Lindbergh

Mostra de um dos fotógrafos mais importantes do século 20 para a moda está em cartaz em Roterdã até fevereiro de 2017


Por Redação

O Museu Kunsthal, em Roterdã, na Holanda, vai expor até fevereiro de 2017 as obras de Peter Lindebergh, um dos fotógrafos mais importantes da moda contemporânea. A mostra chamada "Uma visão diferente da fotografia de moda" conta com um acervo de 200 fotografias de Lindbergh, que revolucionou a indústria no final dos anos 1980 ao humanizar a moda.

O objetivo do curador Thierry-Maxime Loriot, que dedicou três anos a esse projeto, foi criar uma espécie de desfile a partir das fotos. "Eu queria mostrar o valor artístico da obra de Peter mas, acima de tudo, o lado sensível do seu trabalho, é muito reconfortante observar suas fotografias porque elas ensinam algo natural", diz. No acervo, estão as principais fotografias feitas por Lindbergh, como as capas da Vogue e os retratos de Tina Turner e Pina Baush.

Em 2015, o fotógrafo alemão voltou a clicar Kate Moss para a Vogue Itália
Em 2015, o fotógrafo alemão voltou a clicar Kate Moss para a Vogue Itália Foto: EFE

Além dos trabalhos famosos, há também os primeiros cliques feitos pelo fotógrafo que nunca expostos antes. Um deles é o ensaio que fez para a Vogue, em 1998, com as até então anônimas Linda Evangelista, Christy Turlington e Tatjana Patitz. Na época, a editora-chefe da revista, Grace Mirabella, e o então diretor criativo da Condé Nast, o Sr. Liberman, consideraram que Peter não tinha correspondido as expectativas. "Eles pensaram que eu ia fazer um editorial na mesma linha que eles estavam acostumados", afirma Lindbergh. Meses depois a nova editora Anna Wintour encomendou um editorial de capa de 20 páginas ao alemão. As lendárias modelos posando na praia sem maquiagem foram incluidas no livro "On The Edge: Images From 100 Years of Vogue" como a melhor fotografia da década. Na verdade, o mundo da moda tinha mudado para sempre.

Em 1990, outra capa da Vogue clicada por Lindbergh entrou para a história. Dessa vez, a imagem estrelando Linda Evangelista, Christy Turlington, Tatjana Patitz, Naomi Campbell e Cindy Crawford ficou conhecida como a "certidão de nascimento das supermodelos". 

A atriz Julianne Moore para as lentes dePeter Lindbergh
A atriz Julianne Moore para as lentes dePeter Lindbergh Foto: EFE/Peter Lindbergh

Reconhecido como pioneiro em sua área, o fotógrafo alemão ganhou o apelido de "descobridor de top models", mas também foi o artista responsável por estabelecer um novo realismo fotográfico no mundo repleto de imagens de mulheres "muito elegantes, perfeitas e ricas, que usam bolsas de pele de crocodilo". "Eu não entendo a fotografia de moda como um veículo para vender roupas", disse Lindbergh, agora com 71 anos. "Para mim é algo que fala do espírito, das mulheres, e da feminilidade." 

É óbvio que a indústria da moda está interessada em imagens que evocam o desejo de consumo, mas a maior preocupação do fotógrafo foi dizer às mulheres como elas devem se vestir. Para o fotógrafo mais emblemático do século 20, "cada pessoa é linda como ela é, sem mudar nada, porque a verdadeira beleza é ser você mesmo" .

Na abertura da exposição"Uma visão diferente da fotografia de moda", que faz uma retrospectiva de sua obra, o fotógrafoPeter Lindbergh brinca com a modelo Lara Stone.
Na abertura da exposição"Uma visão diferente da fotografia de moda", que faz uma retrospectiva de sua obra, o fotógrafoPeter Lindbergh brinca com a modelo Lara Stone. Foto: AFP PHOTO / ANP / Levin BOER





terça-feira, 11 de agosto de 2020

O triunfo de Gisele Bündchen e do seu nariz

Gisele Bündchen - Wikipedia, la enciclopedia libreO triunfo de Gisele Bündchen e do seu nariz

A modelo brasileira chega aos 40 anos em plena forma e com uma carreira cheia de sucessos, apesar das dúvidas que seu físico provocou no começo



Carlos Primo
Madrid, 20 Jul 2020


Há uma história muito conhecida segundo a qual Gisele Bündchen, no começo da sua carreira de modelo, ainda adolescente, escutou que não iria longe devido ao seu nariz. Não é um mito, como confirmou Angela Missoni ao The New York Times em 2016: quando Bündchen posou em sua primeira campanha para a grife italiana, o fotógrafo Mario Testino decidiu que fosse penteada de tal maneira que o cabelo escondesse seu rosto. Testino, nas palavras de Missoni, “estava preocupado com o nariz dela”. Aquilo aconteceu em 1998, quando a modelo brasileira tinha apenas 18 anos. Nesta segunda-feira completa 40 como uma das profissionais mais conhecidas, influentes, prestigiosas e também atípicas do setor.

Este aniversário é uma cifra redonda, especialmente para quem está na carreira de modelo, a qual embarcou há décadas numa interminável corrida pela juventude. Bündchen, entretanto, conseguiu se localizar numa espécie de limbo geracional. A brasileira é mais jovem que as veteranas dos anos noventa, mas não tanto como a nova fornada de influencers encabeçada por Kendall Jenner, que lhe arrebatou o título de modelo mais bem paga do mundo em 2017.Última supermodelo ― assim a qualificou Claudia Schiffer em 2011 ― e primeira estrela digital da moda, tal como referendam seus 16 milhões de seguidores no Instagram, Gisele contou em numerosas ocasiões que chegou às passarelas por acaso. Nascida em uma família de classe média no Rio Grande do Sul, sua mãe a matriculou numa escola de modelos para que aprendesse a caminhar corretamente. Foi descoberta num parque de diversões, e as oportunidades chegaram em cascata. Mudou-se primeiro para São Paulo e depois para Nova York, onde ocupou um espaço no setor editorial e conseguiu um dos contratos mais cobiçados na indústria, com a Victoria’s Secret.

Bündchen foi um dos “anjos” da marca de lingerie de 1999 a 2007. Anos mais tarde, contou que decidiu deixar esse trabalho porque sua agenda de eventos havia se tornado muito ocupada e se sentia cada vez menos à vontade na passarela. “Eu me via num lugar diferente na minha vida e não tinha certeza de querer continuar trabalhando ali”, escreveu uma década depois em Aprendizados: minha caminhada para uma vida com mais significado, o livro de memórias e reflexões que publicou em 2018.

Bündchen não desfila desde 2017. Continua protagonizando campanhas de cosmética da Dior. Na mais recente, lançada em maio, posa junto à sua mãe, Vania. Também é rosto habitual da marca brasileira de joalheria Vivara. Só neste ano foi capa da Harper’s Bazaar russa, da edição norte-americana da Marie Claire e da Vogue Brasil. Entretanto, sua atividade nas redes sociais pouco tem a ver com a moda. Compartilha suas rotinas de exercícios e de ioga, escreve mensagens inspiradoras em inglês e português e divulga causas sociais, projetos solidários e iniciativas ambientalistas. Não tem alergia à política; no ano passado, suas críticas ao Governo de Jair Bolsonaro fizeram que o presidente brasileiro a qualificasse publicamente como “má brasileira”. Ela, envolvida há 13 anos na defesa do meio ambiente e na proteção da Amazônia, lhe respondeu em uma carta aberta que “maus brasileiros são os que desmatam”.

Em todo caso, os conteúdos que dão o que falar ultimamente estão mais relacionados à sua vida familiar. Está casada há 11 anos com o astro do futebol americano Tom Brady, com quem tem dois filhos que aparecem frequentemente nas redes sociais da modelo. Em abril, Brady falava abertamente em uma entrevista sobre as tensões existentes no casal pela dificuldade de conciliar vida profissional e familiar. O momento mais crítico do relacionamento, segundo o atleta, ocorrera dois anos antes. “Gisele não estava satisfeita com nosso casamento”, disse Brady. “Precisava de uma mudança. Ela me disse que embora a situação funcionasse para mim, não era igual para ela. É que às vezes em um relacionamento você se encontra num ponto em que tudo funciona para você, mas o importante é que funcione para os dois.”

Nos últimos meses, o casal protagonizou posts de agradecimento aos trabalhadores sanitários durante a pandemia e inclusive desafios virais no TikTok, utilizando o humor e a leveza como forma de calar os rumores. Não é uma estratégia inesperada na trajetória de uma modelo que sempre soube tirar proveito da naturalidade. Tanto faz que tenha um nariz que não parecia perfeito, uma anatomia mais sinuosa que os padrões ou uma forma de caminhar pela passarela que pouco tem a ver com o rigor da academia. Há décadas, os salões de meio mundo se empenham em oferecer às clientes cachos loiros idênticos aos que Gisele, segundo ela, sempre manteve de forma natural. E já se sabe que a chave para triunfar em um dos setores mais rebuscados do mundo é, paradoxalmente, conseguir que tudo pareça fácil.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Modelo russa Sasha Luss será protagonista do novo filme de Luc Besson



Sasha Luss


Modelo russa Sasha Luss será protagonista do novo filme de Luc Besson


Assista ao trailer de “Anna”.

No recém-lançado trailer de “Anna”, novo longa do diretor francês Luc Besson, é possível ver a atriz e modelo russa Sasha Luss interpretando diferentes personagens na pele de Anna Poliatova – de espiã especialista em artes marciais a simples vendedora no mercado ou um habilidosa jogadora de xadrez. 

Helen Mirren, Luke Evans e Cillian Murphy também estão no elenco de “Anna”.
O filme, orçado em 30 milhões de dólares, será lançado nos cinemas americanos em 21 de junho, mas ainda não tem previsão de estreia no Brasil.


sexta-feira, 31 de maio de 2019

Kate Moss / 45 anos quebrando todas as regras



Kate Moss: 45 anos quebrando todas as regras

Com sua agência de modelos e sua filha Lila a ponto de assumir o bastão, a ‘top model’ comemora o aniversário sem descer do pódio

MARÍA CONTRERAS
Londres 16 JAN 2019 - 15:01 COT

Em 2007, quando o Victoria & Albert Museum, em Londres, dedicou uma exposição à era dourada da alta costura, Kate Moss chegou à inauguração com um vestido Christian Dior vintage de cetim cor champanhe. Até aí, nada demais. No entanto, logo após entrar no museu, a cantora Courtney Love pisou por acidente na cauda do vestido, provocando um pequeno rasgão que nas horas seguintes se transformou numa cratera.


Qualquer um teria ido embora para casa. Ou, pelo menos, tentado mudar de roupa. Mas Kate Moss preferiu cortar a parte de baixo da peça, deu um nó na altura da cintura com o que restava do pano e, com o vestido transformado em minissaia, fez jus à sua fama de party animal até altas horas da madrugada. Essa história poderia ser lida como uma metáfora da maneira como a supermodelo, que nesta quarta-feira completa 45 anos, sempre se conduziu na vida: nem em seus piores momentos (quando apareceu cheirando cocaína na capa do jornal Daily Mirror, em 2005) ela se mostrou disposta a abandonar a festa.





Kate Moss e seu vestido de Dior em uma festa da Vitória & Albert Museum celebrada em Londres em 2007.ampliar foto
Kate Moss e seu vestido de Dior em uma festa da Vitória & Albert Museum celebrada em Londres em 2007. CORDON PRESS


Após conseguir tudo como modelo, a mulher que foi símbolo da estética heroin chic dos anos noventa não desacelera. Já não desfila (a última vez que apareceu sobre uma passarela foi ao lado do amigo Kim Jones em sua despedida da Louis Vuitton, há um ano), mas continua estrelando campanhas de alto perfil, como a da recente colaboração entre a estilista Vivienne Westwood e a Burberry, assim como a coleção primavera/verão 2019 de Stella McCartney, que compartilha com Kaia Gerber, filha de Cindy Crawford. Ela é a imagem e a diretora de criação da empresa de cosméticos japonesa Decorté. E às suas mais de 300 capas, este mês acrescenta a nova edição da revista Love. Além disso, como foi publicado em outubro, Moss desbancou Cara Delevingne como a modelo britânica mais bem paga.
Em setembro de 2016, Moss lançou sua própria agência de talentos, que representa figuras tão versáteis quanto a cantora Rita Ora e a atriz Gwendoline Christie (Game of Thrones), assim como sua própria filha, Lila. Para uma jovem aspirante a modelo, será difícil encontrar na indústria alguém de quem possa receber melhores conselhos. Moss, que foi descoberta no aeroporto JFK de Nova York aos 14 anos e saltou à fama aos 16 num editorial de moda da fotógrafa britânica Corinne Day para The Face, pretende velar pelo bem-estar de seus representados e evitar que passem pelas experiências ruins que ela teve. Em 2012, em entrevista à Vanity Fair, Moss recordava assim suas fotos em toplessfeitas por Corinne Day: “Agora vejo uma menina de 16 anos, e pedir a ela que tire a roupa seria muito estranho. Mas me disseram: ‘Se você não fizer, não vamos mais te contratar’. Então me tranquei no banheiro para chorar, depois saí e fiz.”





Johnny Depp e Kate Moss, em 1995.
Johnny Depp e Kate Moss, em 1995. REUTERS


Seu currículo sentimental, amplamente documentado, também é extenso (numa entrevista à revista i-Dem 1998, a jovem Kate confessou que estar solteira era “trágico” para ela). Seu companheiro atual parece ser o fotógrafo Nikolai Von Bismarck, 14 anos mais jovem. E entre seus ex-namorados, incluem-se o também fotógrafo Mario Sorrenti, que a retratou na icônica campanha do perfume Obsession da Calvin Klein; o editor Jefferson Hack, pai de sua filha Lila; o músico Jamie Hince, com quem se casou em 2011 diante de 300 convidados (a união durou apenas cinco anos); e, claro, Johnny Depp. Juntos, além de tomar banho com champanhe, segundo reza a lenda, Moss e Depp formaram um dos casais mais inesquecíveis dos anos noventa.
Mas foi sua relação com Pete Doherty que despertou a obsessão dos tabloides, que dedicaram páginas e mais páginas aos seus escândalos, excessos e bebedeiras. Nessa época, que chegaria ao ápice com a mencionada capa do Mirror em que a chamaram de Cocaine Kate, a modelo chegou ao fundo do poço e perdeu alguns contratos. Mas quem decretou o fim de sua carreira errou feio. De fato, quando a top model reapareceu após fazer reabilitação, seu cachê tinha aumentado. A menina que o The Guardian definira como “o turbilhão ao redor do qual giram todas as festas de Londres” ainda não queria sair de cena.


Durante muitos anos, uma Moss sempre na defensiva se impôs a lei do silêncio, mas ultimamente fala mais com a imprensa. Por causa da sua relação profissional com a firma Decorté, muitas entrevistas focam em sua rotina de beleza, mas às vezes ela deixa entrever, a conta-gotas, algo mais de si mesma. Por exemplo, que continua ficando nervosa quando chega a um set (segundo a Love). Que odeia fazer exercício (Vogue). E que se arrepende de seu velho mantra “nothing tastes as good as skinny feels” – algo assim como “nada é tão saboroso quanto se sentir magra” (NBC). E que jamais publicará algo pessoal nas redes sociais. “Nunca gostei dessa coisa de ‘olhem pra mim!’, disse ao The Guardian. E ainda assim, aos 45 anos, a “menina mais perfeitamente imperfeita” (Marc Jobs dixit) não perdeu esse algo que faz com que o mundo não se canse de olhar para ela.