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sexta-feira, 23 de julho de 2021

Dylan Penn, a filha rebelde de Sean Penn e Robin Wright, surpreende em Cannes


Sean Penn dirige a filha Dylan no drama 'Flag day'.
Sean Penn dirige a filha Dylan no drama 'Flag day

Dylan Penn, a filha rebelde de Sean Penn e Robin Wright, surpreende em Cannes

Nascida do casamento dos dois atores, ela deixa para trás uma história pessoal conturbada e aos 30 anos brilha na competição de cinema sob a direção do pai. Nasce uma estrela?


Carlos Megía
16 Jul 2021

Existe um trabalho mais complicado em Hollywood do que ser uma estrela de sucesso, milionária e adorada em todo o mundo e não morrer tentando: ser filho da estrela em questão. São numerosos os casos de superfilhos nascidos entre vivas e ostentação, privados de uma infância normal e que depois mergulharam numa espiral autodestrutiva que tingiu de escândalo e vulgaridade seu sobrenome ilustre. Como Chet Hanks, filho de Tom Hanks, acusado de maus-tratos e vinculado a movimentos de extrema direita; Cameron Douglas, filho de Michael Douglas, viciado em drogas e condenado a vários anos de prisão; ou Weston Cage, filho de Nicolas Cage, preso por causar um acidente de trânsito e depois fugir. A anos-luz da gravidade dos fatos recém-mencionados, os episódios vividos por Dylan Penn, filha de Sean Penn e Robin Wright, também não foram de fácil digestão. Mas esta primogênita duplamente ilustre, que por muito tempo parecia destinada a ser a próxima ovelha desgarrada da meca do cinema, de repente surpreendeu e se tornou a próxima grande estrela das colinas de Los Angeles. E com o tapete vermelho de Cannes como catapulta.

Porque o boulevard da Croissette, prolífico berço de estrelas como Jodie Foster ou Robert de Niro, pôs os olhos nesta californiana de 30 anos que, pelas mãos de seu pai, apresenta no festival o papel mais importante de sua recente carreira. Flag day, dirigido e coestrelado por Sean Penn, adapta as memórias da jornalista Jennifer Vogel, filha de um vigarista e assaltante de bancos que conta no livro a complexa reconciliação com seu pai ausente. Sua estreia em Cannes teve uma recepção ambígua entre a crítica que, no entanto, é unânime quando se trata de elogiar o debut da jovem num papel de calibre festivaleiro. “Sua interpretação é fantástica. Revela que pode ser uma grande atriz”, diz a Variety. “Dylan é natural, equilibrada e cativante. Parece uma veterana”, acrescenta The Washington Post. Pete Hammond, do Deadline, acredita que Dylan herdou as habilidades artísticas dos pais. “Ela cumpre as expectativas com um papel multidimensional que a posiciona de forma decisiva como uma estrela em formação”, acrescenta.

A californiana deslumbrou no tapete vermelho do festival francês.

A californiana deslumbrou no tapete vermelho do festival francês.VITTORIO ZUNINO CELOTTO / GETTY IMAGES FOR KERING

Com apenas um punhado de trabalhos no currículo, ela mesma tornou pública sua preocupação de que assumir o papel principal em Flag day fosse visto como um ato descarado de nepotismo. “Aterrorizada” porque as pessoas poderiam pensar que ela conseguiu o papel só porque seu pai era o diretor, a até agora modelo lhe pediu que adiasse o projeto para que antes ela fizesse mais alguns filmes e, assim, sentisse que o estava “conquistando”. No entanto, a imprensa especializada valoriza a química que a dupla exibe na tela e Dylan revela que enriqueceu essa dinâmica com sua própria experiência paternal: “Temos uma relação complexa. Nós dois somos alfa e às vezes colidimos”.

Fotograma de ‘Flag day’, que disputa a Palma de Ouro em Cannes.
Fotograma de ‘Flag day’, que disputa a Palma de Ouro em Cannes.


Imagem de empresas como Ralph Lauren, Gap, Rag & Bone e Stuart Weitzman e espectadora recorrente nas semanas da moda de Paris ou Nova York, há anos argumenta que seu trabalho como modelo era mais uma forma de ganhar a vida do que uma paixão profissional. Depois de trabalhar como editora de roteiro e desenhista de storyboard (criação de roteiros gráficos), seu futuro parecia destinado ser atrás das câmeras e não o de seguir os passos de seus célebres pais. Mas foram eles que a convenceram a dar uma chance à profissão, quando confessou que seu sonho era se sentar na cadeira de diretora. “Os dois me disseram, em separado: você não vai ser uma boa diretora se não souber o que é estar no lugar do ator”, disse ela na entrevista coletiva de apresentação do filme.

Seu rosto apareceu nas capas pela primeira vez em 2013, quando a mídia a apontou como culpada pelo traumático e midiático rompimento traumático entre Kristen Stewart e Robert Pattinson, um relacionamento que ela desmentiu. Pouco depois, Dylan Penn optou por estrelar uma reportagem fotográfica picante na revista Treats, para grande desgosto dos pais, que ela não avisou sobre o lançamento. “Meu pai me disse: ‘Ok, você atingiu seu limite. É melhor não ir mais longe”, embora reconhecesse na Vanity Fair: “Para ser sincera, se pudesse voltar, não teria tirado tanta roupa. Era um pouco ingênua”.

Dylan Penn foi qualificada pela mídia especializada em moda como uma ‘it girl’.
Dylan Penn foi qualificada pela mídia especializada em moda como uma ‘it girl’.

Mas seu desembarque neste verão na terra prometida de Hollywood é significativo não só por causa do peso de sua procedência, mas pela história pessoal controversa que mostrou até agora, o que a torna mais propensa a engrossar as páginas da crônica sensacionalista da TMZ do que as cinematográficas da Variety. De acordo com o site Radar, Dylan foi presa algumas vezes por dirigir sob o efeito do álcool e, em 2017, se internou em um centro de desintoxicação. Sua complicada maturidade foi retratada por algumas fotos que vieram à tona naquele ano e que mostravam Sean Penn tendo, em plena rua, uma acalorada discussão com o namorado dela na época, Jimmy Giannopoulos. Com uma Robin Wright como testemunha e incapaz de conter as lágrimas, o irado vencedor do Oscar repreende o genro por alguma coisa enquanto mostra uma foto na tela de seu celular. O segundo filho do casal, Hopper, que tem um papel coadjuvante em Flag day, também divulgou publicamente seu vício em metanfetaminas e foi preso em 2018 por porte de drogas.

A semelhança física entre mãe e filha salta à vista. Conseguirá Dylan Penn replicar também sua aclamada carreira?
A semelhança física entre mãe e filha salta à vista. Conseguirá Dylan Penn replicar também sua aclamada carreira?JOHN SHEARER / WIREIMAGE

Robin Wright e Sean Penn terminaram seu casamento de 14 anos em 2010. A atriz de House of Cards reconstruiu sua vida com o executivo francês da Yves Saint Laurent, Clement Giraudet, e Sean Penn se casou em meados do ano passado, e por meio de uma videochamada do Zoom, com sua namorada dos últimos cinco anos, Leila George. Embora fisicamente a semelhança com sua mãe seja mais do que evidente, Dylan afirma que sua personalidade é mais parecida com a do pai. “Nós dois temos muito ego. Somos muito cabeçudos e, não sei, às vezes temos tanta confiança que isso até pode ser um problema. Mas percebemos que precisamos relaxar. Ele demorou um pouco mais do que eu.”

Os jovens Robin Wright e Sean Penn brincam com a pequena Dylan.
Os jovens Robin Wright e Sean Penn brincam com a pequena Dylan. DONALDSON COLLECTION / GETTY IMAGES



Ser filha de duas das maiores estrelas de cinema de nosso tempo a levou a crescer entre estúdios, a pular de escola em escola, acompanhando as filmagens dos pais (ela se lembra com especial emoção dos meses em uma escola aborígine australiana enquanto Sean Penn estava filmando Além da linha vermelha) e de cumprimentar figuras como Fidel Castro. “Eu o conheci quando tinha 14 anos e ele me impressionou demais”, disse sobre o comandante cubano. No entanto, a jovem admite ter vivido uma vida com os pés fincados no chão graças à influência dos pais. Um exemplo: quando decidiu deixar um curso de fotografia na Universidade do Sul da Califórnia, depois de um semestre, eles pararam de lhe mandar dinheiro e ela começou a trabalhar como entregadora de pizza. “Quando me perguntaram umas três vezes se eu era a stripper, eu disse: ‘Tenho que parar com isso’, declarou ao NY Post. Depois de evitar ao longo de toda a adolescência a oportunidade de ficar na frente das câmeras, pela “timidez” e porque todos os papéis que lhe ofereciam eram de “de loiras bobas sem arco narrativo”, Flag day representa um antes e um depois para ela e, quem sabe, a tão esperada continuação de uma das mais ilustres linhagens da meca do cinema.

EL PAÍS



domingo, 17 de fevereiro de 2019

Peter Lindberg / Pirelli 2017



Penélope Cruz

Peter Lindberg

 Pirelli 2017


Robin Wright

Robin Wright

Julianne Moore.

Julianne Moore
Lupita Nyong'o 


Uma Thurman

Jessica Chastain 

Jessica Chastain
Kate Winslet

Nicole Kidman
Nicole Kidman

Penélope Cruz

Penelope Cruz


Robin Wright

Uma Thurman
Uma Thurman


Léa Seydoux,

Alicia Vikander

Zhang Ziyi

Rooney Mara

Helen Mirren

sexta-feira, 23 de março de 2018

'House of Cards' / O longo silêncio de Robin Wright sobre Kevin Spacey


Robin Wright

'HOUSE OF CARDS'

O longo silêncio de Robin Wright sobre Kevin Spacey

A atriz, ligada à causa feminista, nunca falou sobre seu colega na série ‘House of Cards’, que acaba de anunciar sua nova temporada


A quinta temporada de House of Cards deixava claro que havia chegado a vez de Claire Underwood, a personagem de Robin Wright na popular série política da Netflix. No teaser da sexta e última temporada, exibido durante a festa do Oscar, esse momento se confirmava: Claire Underwood aparece sentada no Salão Oval da Casa Branca. Nem sinal de Frank Underwood, ou melhor, de Kevin Spacey, como já se sabia desde dezembro, quando ele foi demitido da série de forma fulminante por causa das acusações de assédio sexual.
House of Cards chegará ao final no segundo semestre deste ano, sem Spacey, sem Frank Underwood. A ascensão de Claire Underwood já era conhecida desde antes das revelações sobe o comportamento de “predador sexual” do ator, como definiram seus colegas. Entretanto, o final da temporada do ano passado não era premonitório, nem sequer estava planejado porque as denúncias contra Spacey estavam indo longe demais; era simplesmente uma evolução lógica e que inclusive chegava muito tarde para a personagem mais admirada do programa, Claire.
Há quem lamente que a troca de protagonista não só chegue tarde, mas também que só tenha acontecido depois que toda a verdade veio à luz. Os denunciantes e outros profissionais envolvidos com a série insistem em que “todo mundo sabia muito bem” do que ocorria, que Spacey “criou um ambiente tóxico para os jovens que precisavam contracenar com ele”. Em nenhum momento especificam que Robin Wright sabia – como dizem a respeito do produtor Beau Willimon –, mas subentende-se que a atriz também era consciente do que estava ocorrendo.


Robin Wright e Kevin Spacey em uma imagem promocional de ‘House of Cards’.
Robin Wright e Kevin Spacey em uma imagem promocional de ‘House of Cards’.


Wright quase não aparece em público desde que as denúncias contra Spacey começaram. Ela foi vista logo depois das primeiras acusações, na apresentação de uma nova coleção de pijamas da qual participou com fins beneficentes, mas na ocasião preferiu se manter em silêncio, e assim continuou. Por quê? Por que se manteve calada quando antes foi explícita sobre a diferença salarial entre ambos, por exemplo?
Pode haver uma razão clara: há duas temporadas, provavelmente como compensação por essa ascensão salarial prometida e que nunca aconteceu, Robin Wright é uma das produtoras-executivas de House of Cards, além de ter sido diretora ocasional desde a segunda temporada. Ocupando essa posição, poderia estar simplesmente se mantendo alinhada com a resposta oficial oferecida pela Netflix.
Isso ou uma possível amizade com o ator parecem ser as únicas razões plausíveis para explicar por que Robin Wright, sempre vista como uma atriz ativista, conhecida por seu trabalho solidário, ainda não disse nada. Ou talvez esteja esperando a promoção desta última temporada de House of Cards, em que será difícil escapar das perguntas.
Robin Wright

Quando contou que havia exigido o mesmo salário pago a Kevin Spacey, também esperou para apresentar publicamente essa queixa nos eventos de promoção de uma das temporadas. Na época, deixou claro que nunca tivera a intenção de se tornar uma porta-voz da igualdade salarial entre homens e mulheres, como eram Patricia Arquette e Jennifer Lawrence: “Foi uma das 20 perguntas que me fizeram, e viralizou”, disse.
Mas, mesmo sem querer ser porta-voz oficial de qualquer causa, sempre falou claramente sobre a necessidade de empoderamento feminino e de uma mudança urgente na indústria do audiovisual. Faz palestras, colabora com associações e repete muitas vezes como se arrependeu por não trabalhar mais para aumentar suas economias pessoais durante as duas décadas em que esteve casada com Sean Penn e se dedicou a cuidar dos dois filhos do casal, Dylan e Hopper.
Segundo cálculos da Forbes, Wright recebia 80.000 dólares (260.000 reais) a menos do que Kevin Spacey por capítulo. Quando ela começou a investigar e percebeu que sua personagem era mais querida que o dele, e que compartilhavam o protagonismo, reivindicou a equiparação que nunca lhe concederam, sob a alegação de que Kevin Spacey era um dos produtores fundadores. Foi então que lhe ofereceram o título de produtora-executiva.
E, como contou numa entrevista em junho do ano passado, aquilo tampouco a deixou totalmente satisfeita. “Não gosto que me enganem”, disse. “Ninguém gosta. É um trabalho muito dominado por homens. E é preciso que a condição dos homens mude. Uma reeducação. Uma nova forma de pensar. Uma nova filosofia. Acredito que isso precisa acontecer em todos os setores, quando estamos fazendo o mesmo que os homens, e mesmo assim nos pagam menos.”
Entretanto, desta vez ela preferiu o silêncio, ao menos até agora. Talvez esteja só esperando que chegue a sua vez, como fez Claire Underwood.



quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Netflix confirma uma temporada final de ‘House of Cards’ sem Kevin Spacey


Robin Wright


Netflix confirma uma temporada final de ‘House of Cards’ sem Kevin Spacey

A sexta e última parte terá oito capítulos e Robin Wright será sua protagonista


EL PAÍS
Madri 4 DEZ 2017 - 15:05 COT


Netflix finalmente se pronunciou sobre o futuro de House of Cards, cuja produção tinha sido suspensa indefinidamente depois das denúncias por abusos sexuais contra seu protagonista e produtor executivo, Kevin Spacey. Ted Sarandos, diretor de conteúdos da plataforma online, confirmou que a produção da sexta e última temporada de House of Cards será retomada no início de 2018 e disse que Robin Wright será a protagonista.
A sexta temporada, que será mais curta que o habitual, com apenas 8 capítulos (as temporadas passadas tiveram 13), tentará dar “um fecho à série para os fãs” e devolver ao trabalho as 2.000 pessoas envolvidas de alguma forma em sua realização, como disse Sarandos na Conferência Global de Comunicações e Mídia da UBS em Nova York.
Robin Wright

A produção da série foi suspensa em 31 de outubro, depois que foram divulgadas as primeiras denúncias de abusos sexuais por parte de Spacey. A previsão inicial era que os trabalhos de produção seriam retomados depois do feriado de Ação de Graças (23 de novembro), mas os roteiristas continuam trabalhando nos textos, dos quais terá de desaparecer o personagem vivido por Spacey, Frank Underwood, coprotagonista da história. Ainda não se esclareceu como ocorrerá a saída do personagem da série, embora o final da temporada passada já tenha deixado Claire Underwood, interpretada por Robin Wright, um passo à frente de seu marido. Ela começou inclusive a falar diretamente para a câmera, algo que só Frank Underwood tinha feito.
Entre as acusações divulgadas nas últimas semanas contra Spacey estão as de vários membros da equipe de House of Cards, que o acusaram de criar um ambiente de trabalho “tóxico” e de se comportar como um “predador sexual”.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Robin Wright / Estou cansada de segurar a língua


PROTAGONISTA DE 'HOUSE OF CARDS' 

Robin Wright: 

“Estou cansada de segurar a língua”



Após romper com o passado, atriz é uma mulher segura que triunfa no amor e na carreira


    Robin Wright
    Robin Wright, em uma entrevista coletiva em janeiro. / MUNAWAR HOSAIN (CORDON PRESS)r
    “Trabalho nesta indústria há 30 anos e estou cansada de segurar a língua”. Assim Robin Wright começa a entrevista com o EL PAÍS. Veste Ralph Lauren dos pés à cabeça, marca em que se diz viciada desde que lhe mandaram “uma sacola cheia de roupas” com as que evita andar o dia todo de jeans e tênis. A nova dama de ferro da televisão norte-americana deixa claro desde o primeiro minuto que vem pisando em forte. Fala do trabalho, da carreira, do sucesso profissional na televisão – em 2014 ganhou um Globo de Ouro pelo papel de Claire Underwood em House of Cards –, onde começou antes de dedicar-se ao cinema, e de suas primeiras tentativas como diretora em uma indústria dominada por homens. Está certa de que chegou seu momento de brilhar com luz própria. “Tive filhos muito cedo e nesta indústria tudo são aparências. Você precisa saber quem você é”, afirma agora com total segurança.

    A atriz premiada com o Globo de Ouro de melhor atriz de televisão no ano passado, junto a seu companheiro, Ben Foster / CORDON PRESS
    Também fala de amor, de sexo, de encontrar-se às portas dos 50 e sentir-se mais desejada que nunca. Por seu companheiro, o ator Ben Foster (quase 15 anos mais novo), pela indústria e pelo público. “Suponho que cresci tarde. Levei tempo. Mas agora estou preparada”, acrescenta.
    Esperta e sem papas na língua, ultimamente solta tudo. O único assunto de que não fala é seu ex-marido, Sean Penn, o homem junto ao qual passou quase 19 anos entre casamentos, separações, reconciliações e divórcios e com quem teve dois filhos, Dylan e Hopper, agora adolescentes e fazendo sua própria vida fora de casa. Como diz na revista Vanity Fair, que dedica a ela sua capa no número de abril, respeita muito Penn e seus filhos “extraordinários” e por isso não se presta a vender “felicidades e penúrias passadas” para consumo do público. Com o resto de sua vida, fala sem restrições. Se na revista reconhece que nunca tinha sido tão feliz, que nunca riu tanto e que nunca tinha tido tantos orgasmos, agora acrescenta, como quem não quer nada, que beijar seu novo amor “é minha comida favorita”.


    A princesa Buttercup que precisava ser resgatada em A Princesa Prometida, a jovem à sombra de Forrest Gump em todas as suas andanças, a esposa e mãe eclipsada por esse furacão chamado Sean Penn, nunca tinha brilhado tanto. Demorou três décadas para chegar a este ponto. Agora seu sobrenome já não precisa apoiar-se no de seu ex-marido, como fez durante anos (quando mudou seu nome para Wright-Penn). A única coisa de que não gosta nesta transição é a gravidade. Refere-se à força terrestre que faz com que, na sua idade, suas carnes se pendurem mais do que gostaria. Algo incrível tendo em conta o corpo que mostra como primeira dama em House of Cards, série em que usa vestidos sóbrios e justos, saias tubo, saltos agulha e uma infinidade de malhas para correr. “É uma armadura”, confessa, um estilo desenhado por Kemal Harris, seu estilista, e que exige uma boa cinta, mais incômoda que um espartilho. “Não sei quem poderia pensar em vestir algo assim diariamente”, queixa-se, apesar da invejada silhueta que lhe proporciona na tela.

    Robin Wright, en un capítulo de 'House of cards'Robin Wright, como Claire Underwood, em ‘House of cards’. / CORDON PRESS
    Perguntada sobre seu cuidado pessoal, prefere desconversar. “Você quer mesmo saber todos meus conselhos de beleza? Contar com uma boa equipe de maquiadores! Eu, nem me visto”, diz. Sua única recomendação é a meditação, que pratica quase todos os dias por 15 minutos desde que tinha 16 anos. E ter a seu lado um homem chamado Ben Foster: “Ele me iniciou na meditação transcendental, que faz desde os quatro anos de idade”.

    Sean Penn e Robin Wright, com seus filhos Dylan e Hopper, na estreia do filme ‘I am Sam’, em 2001. / CORDON PRESS
    Foster ocupa o centro desta nova mulher, nascida no Texas há 48 anos, que rompeu com seu passado. Uma relação que nasceu como todas as relações da atriz. Conheceu seu primeiro marido, Dane Witherspoon, quando rodavam a série Santa Barbara. Ficaram juntos dois anos. Conheceu Penn, na filmagem de Um Tiro de Misericórdia (1990), e além de sua amante e esposa, foi sua musa para seus primeiros filmes como diretor. Cruzou com Foster na filmagem deRampart, mas, desta vez, não carregava mais o rótulo de “mulher de” e foi ele que assumiu o papel de “namorado de”. Disso sim, ela fala a todo momento. “Gosto de tudo nele”, diz de um ator e produtor que Wright sente “na medula” que é o homem de sua vida.
    As coisas não são tão fáceis como sua euforia parece refletir. Apesar de seus anéis de compromisso e de suas tatuagens (um R no anular de Ben, um B no mesmo dedo da mão de Robin), no final de 2014 os dois terminaram a relação em que estavam desde 2011. Mas agora voltaram a desfilar juntos nos tapetes vermelhos. “Vai passar logo” é seu lema. “É a melhor parte do crescimento, você deixa de se preocupar com coisas pequenas”.