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domingo, 5 de fevereiro de 2017

Patricia Highsmith / Carol


Patricia Highsmith
CAROL
Cate Blanchett
Rooney Mara





Carol & Therese 

 Love at first sight


sábado, 4 de fevereiro de 2017

Patricia Highsmith / The Price of Salt


Patricia Highsmith
THE PRICE OF SALT


“A música vivia, mas o mundo estava morto. E a canção morreria um dia, pensou, mas como voltaria o mundo à vida? Como voltaria o seu sal?” 

Patricia Highsmith
The Price of Salt


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

O filme Carol e o apaxionar-se


O FILME CAROL E O APAIXONAR-SE...


POR SIMONE BITTENCOURT SHAUY


Um encontro inesperado transforma para sempre a vida de duas extraordinárias mulheres numa época na qual uma paixão assim seria traduzida como imperdoável transgressão.

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Cate Blanchett (Carol) e Rooney Mara (Therese)
Carol
O cenário é Nova Iorque, Estados Unidos, década de 50. O filme baseado no livro entitulado originalmente "The Price of Salt" da autora americana Patricia Highsmith. A história, uma história sobre as descobertas, o fascínio, belezas, incertezas e os desafios no processo do apaixonar-se.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Carol / Uma história de paixão

Carol
Cate Blanchett e Rooney Mara


Uma história de paixão

'Carol' parece um filme de Douglas Sirk, com sua sensibilidade, seu brilhante barroquismo e seu espetacular tratamento da luz







“Tinha os olhos cinza, incolores, mas dominantes como a luz ou o fogo (...). A mulher também olhava para Therese (...). Então a viu avançar lentamente até o balcão, e o coração deu um tranco recuperando o ritmo. Sentiu que o rosto lhe ardia à medida que a mulher se aproximava cada vez mais”, escreveu Patricia Highsmith em Carol. A radiografia de uma excitação física, talvez também mental, que ocorre interiormente e luta para sair ao exterior. Em apenas um parágrafo, como em tantos outros grandes romances. Não tanto como em outros: são duas mulheres. Em 1952, Highsmith conseguiu publicar Carol, uma história de amor proibido. Tão proibido que no cinema dos anos cinquenta teria sido impensável a sua adaptação. Ela chega agora, em 2016, graças ao trabalho de Todd Haynes, empenhado em reconstruir o cinema daquela década com a liberdade desta.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Carol, a primeira joia de Cannes


FESTIVAL DE CANNES 

‘Carol’, a primeira joia de Cannes

Todd Haynes adaptou com inteligência e sensibilidade o romance de Patricia Highsmith


Todd Haynes, entre Rooney Mara (esquerda) e Cate Blanchett. / ERIC GAILLARD (REUTERS)
Patricia Highsmith, essa escritora viciante, mestra do desassossego e do suspense, fatalista, dona de um conhecimento profundo do anverso e do reverso da condição humana, inventora de um personagem tão ardiloso, complexo e lendário como Tom Ripley, escreveu o romance Carol sob pseudônimo. Acredito que foi um dos primeiros e foi reeditado com seu verdadeiro nome muitos anos depois. É um romance perturbador em que a autora pessimista se dá ao luxo de um final feliz, de que um amor muito problemático se consolide. Suspeito que o que Patricia Highsmith contava era autobiográfico. E que os tempos eram tão puritanos e hipócritas que ela não se atreveu a assinar com seu nome.
Carol é uma história de amor. Mas a razão de que sua criadora tenha se refugiado no anonimato se deve ao fato de que a paixão é protagonizada por duas mulheres. O diretor Todd Haynes, alguém com quem eu nunca havia sintonizado em sua breve e prestigiosa obra, adaptou com inteligência e sensibilidade esse romance. O fez de forma admirável, descrevendo com intensidade e sutileza na mútua sedução entre essas duas mulheres e o conflito que isso implicará para suas vidas infelizes. Haynes mostra elegância, poder de sugestão, capacidade de criar nuances, um romantismo nada exibicionista e uma ambientação primorosa. Consegue fisgar o espectador do princípio ao fim transmitindo-lhe as incertezas, os medos, o desejo irreprimível, a certeza de que você encontrou a pessoa que andou buscando às cegas a vida inteira e a temível conta social, familiar e sentimental que o casal terá de pagar se seguir em frente com esse amor que a sociedade condena.

Jogo de olhares

Haynes recria a Nova York do início dos anos cinquenta com a precisão e a estética de um fotógrafo superdotado. E também a atmosfera da cidade. Até o mínimo detalhe transmite realidade; nada soa a cenário ou a impostura. E o jogo de olhares, o retrato do que vai sentindo progressivamente esse casal, o que expressam, e os seus silêncios, sua necessidade de fugir e de permanecer, é descrito com beleza, sentimento e profundidade psicológica. Uma dessas mulheres está amargamente casada com um milionário. Ela é pura classe, sofisticação, age com naturalidade no mundo dos vencedores. A outra é jovem, trabalha como vendedora, se sente muito só, embora tenha um namorado solícito e bondoso, faz fotografias muito bonitas com as quais pretende suportar melhor sua vida cinzenta. Há muita pureza nela; ela não sabe o que quer até conhecer Carol. Se a narrativa de Haynes deixa você de boca aberta, as maravilhosas interpretações de Cate Blanchett e Rooney Mara estão no mesmo nível. É um filme com tanto estilo quanto verossimilhança, você acredita nele e o sente; é o que vi de melhor até agora no festival.
Un Día Perfecto, apresentado na Quinzena dos Realizadores, é o filme mais recente de Fernando León de Aranoa. Ambientado na guerra dos Balcãs, pretende ser um mergulho no horror, no sofrimento de tantas vítimas inocentes e destituídas de quase tudo, por meio da ajuda –sob risco permanente de morte ou de mutilação– oferecida por um experiente grupo de cooperantes.
É bem narrado, mas algo está faltando; foge do maniqueísmo, mas me parece frio. Tem muitos elementos e situações para comover, mas vejo e ouço o filme de modo distanciado. É honesto, mas não brilhante. Os personagens são críveis e as interpretações de Benicio del Toro e Tim Robbins são eficientes –mas não deixam muitas marcas na memória. Como sempre, falo em primeira pessoa. Tomara que o público pense de outra maneira. O esforço e as intenções do autor o merecem.