sexta-feira, 14 de junho de 2019

10 pinturas russas extraordinárias que você precisa conhecer

Geometric Three Girls
Kazimír Malêvitch


10 pinturas russas extraordinárias que você precisa conhecer

20 DE MAIO DE 2018
IÚLIA CHAMPOROVA

Todo russo que se preze sabe o que é o “Quadrado Negro” ou “A Nona Onda”. E você?
Esta enorme pintura com temática histórica retrata um momento trágico na história russa. A imagem foi a primeira grande obra de Vassíli Surikov e foi comprada para compor a coleção de Tretiakov.
O artista dedicou-se à época do primeiro imperador da Rússia, Pedro, o Grande, quando este reprimiu os Streletski, ou seja, a guarda do palácio liderada pela irmã de Pedro, a princesa Sofia. Na vida real os traidores foram executados, mas Surikov não retratou a carnificina em si, concentrando-se no trágico destino dos guardas em um momento turbulento da história.
1. “Retrato de uma mulher desconhecida” (1883), Ivan Kramskôi

Esta é a pintura mais famosa de Kramskôi, que guarda muitos segredos até os dias de hoje. Como o artista levou a verdadeira identidade da modelo consigo ao túmulo, há muitas teorias sobre quem exatamente teria sido retratada nesta pintura.
Existe, por exemplo, uma lenda de que Matriona, uma camponesa de Kursk que se casou com um nobre, foi o protótipo desta “Mona Lisa russa”. Kramskôi a conheceu em São Petersburgo e ficou encantado com sua beleza.
2. “A Manhã da Execução dos Streltsi” (1881), Vassíli Surikov

3. “A menina com pêssegos” (1887), Valentín Seróv

A pintura rendeu fama nacional a Seróv como mestre dos retratos psicológicos. Aqui, Vera Mamontova, de 12 anos, filha de Savva Mamontov, um dos mais ricos empresários e filantropos russos então, está sentada na sala de jantar da propriedade da família.
4. “Noite iluminada pela lua no Dnieper” (1880), Arkhíp Kuíndji

Esta obra-prima foi mostrada em São Petersburgo em 1880 durante uma exposição de uma única pintura e se tornou imediatamente uma sensação. Os visitantes eram atraídos pelo realismo - fora do comum em uma pintura - da luz da lua refletida no rio Dnieper.
5. “Retrato do poeta russo Aleksandr Púchkin” (1827), Orest Kiprensky

Este é, provavelmente, o retrato mais famoso do aclamado poeta russo Aleksandr Púchkin. O “pai da língua russa moderna” é retratado aqui com a cabeça voltada para a esquerda e os braços cruzados.
O ombro direito do poeta traz um tecido de xadrez escocês, detalhe com que o artista liga Púchkin a Byron, o ídolo da era romântica.
Depois de terminado o retrato, Púchkin dedicou seu poema “To Kiprenski” ao pintor, dizendo que ao olhar para a pintura se via em um espelho que o embelezava.
6. “A Aparição de Cristo ao Povo” (1837 - 1857), Aleksander Ivanov

Esta obra, sobre a qual Aleksandr Ivanov trabalhou por 20 anos, fazendo mais de 600 esboços, foi a principal do artista. Concluída, foi comprada pelo imperador Aleksandr II.
Algumas pinturas de Ivanov, entre elas, esboços de “A Aparição de Cristo ao Povo”, estarão no Museu do Vaticano no final de 2018, participando da exposição “Temas Bíblicos na Pintura Russa”.
7. “A Nona Onda” (1850), Ivan Aivazovski

Aclamado gênio da pintura das águas, Aivazovski foi um dos artistas mais prolíficos da Rússia. “A Nona Onda” é reconhecida como sua maior obra.
8. “As Gralhas Voltaram” (1871), Aleksêi Savrasov

Todo garoto ou garota em fase escolar tem que escrever um ensaio dedicado a esta pintura, por isso os russos conhecem a obra desde a infância.
“As Gralhas Voltaram” é tão popular que Savrasov por vezes é chamado de “autor de uma só pintura”, porque nenhuma de suas outras obras pode ser equiparada a esta.
9. “Banho do Cavalo Vermelho” (1912), Kuzmá Petrov-Vodkin

Criada anos antes da Revolução Russa, esta pintura é vista como profética e gerou diversas interpretações.
Uma das hipóteses diz que o cavalo vermelho seria a própria Rússia e que o artista teria previsto simbolicamente o destino “vermelho” do país no século 20.
10. “Quadrado Negro” (1915), Kazimír Malêvitch

Manifestação máxima do suprematismo, “Quadrado Negro” proclamou uma ruptura completa com a objetividade na pintura. A imagem encapsula o conceito filosófico de “antiarte”.

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