Morrerei em Paris com aguaceiro
numa tarde da qual já bem me lembro.
Morrerei em Paris — não vou embora —
Numa quinta, de outono, como agora.
Quinta será, pois hoje, quando proso
estes versos, meus úmeros pisei
e, nunca como hoje, me voltei,
com todo o meu caminho, a me ver só.
Morreu César Vallejo, que apanhava
de todo mundo a quem nunca fez nada;
batiam duro com um pau e duro
numa tarde da qual já bem me lembro.
Morrerei em Paris — não vou embora —
Numa quinta, de outono, como agora.
Quinta será, pois hoje, quando proso
estes versos, meus úmeros pisei
e, nunca como hoje, me voltei,
com todo o meu caminho, a me ver só.
Morreu César Vallejo, que apanhava
de todo mundo a quem nunca fez nada;
batiam duro com um pau e duro
também com uma corda; assim confirmam
as quintas como hoje e os osso úmeros,
a solidão, a chuva e os caminhos...
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