sexta-feira, 20 de junho de 2014

Antônio Moura / A espera


Antônio Moura
A ESPERA




À espera, de pé, na pedra,
entre a esfera verde do mar

e a estrela que a cada
noite se aproxima, falas

cada vez mais mudo,
numa voz que escuta o fundo

de outra voz que vem
e diz-não-diz em eco,

hein, idioma de algas,
algo assim num som surdo:

nada, vestido de corpo e carma,
enquanto se dissolve o mundo





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